CNTE acampa no Senado para pedir votação do FNE  

Nesta sexta-feira (30), quando centrais sindicais de todo o país realizam um dia nacional de paralisação, cobrando pautas como o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução do salário, a suspensão dos leilões de petróleo e a não aprovação do projeto sobre a terceirização, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), inicia um acampamento em frente ao Senado para cobrar a votação do Plano nacional de Educação (PNE). 

Os sindicatos filiados à CNTE se mobilizaram em todo o Brasil, reivindicando questões locais que afetam todos os trabalhadores, além da pauta principal da Confederação, que cobra, além da votação imediata do PNE no Senado, que aguarda uma decisão final há três anos e meio; a profissionalização dos funcionários da educação e o respeito integral à Lei do Piso que inclui o plano de carreira e jornada de trabalho.

O acampamento ficará em frente ao Senado Federal até que o PNE tenha uma solução definitiva, pressionando os parlamentares e dialogando com a sociedade.

“Tivemos o compromisso de todas as entidades de enviarem trabalhadores para estarem nesse acampamento em etapas que já foram acertadas com os representantes dos sindicatos filiados à CNTE. Teremos sempre uma boa movimentação de pessoas, dialogando com os parlamentares, com os funcionários públicos dos diversos ministérios da Esplanada, com o povo de Brasília, enfim, chamando a atenção para a necessidade do PNE, ser aprovado neste ano”, afirma Roberto Leão, presidente da CNTE.

Leão lembra que o PNE precisa deixar clara a destinação dos 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação pública, para que seja possível avançar na construção de uma escola que seja efetivamente de qualidade, socialmente referenciada e que faça jus às necessidades do povo brasileiro.

A CNTE também está mobilizada para impedir a aprovação do projeto que regulamenta a terceirização, proposta que impacta também a educação, já que em alguns estados, parte dos funcionários de escola já são terceirizados, medida combatida fortemente pela CNTE.

Da Redação em Brasília
Com informações da CNTE