Especialistas participarão da reunião de Lavrov com Kerry

O ministro russo de Assuntos Exteriores, Serguei Lavrov, informou nesta quinta-feira (12) em Astana, no Cazaquistão, sobre a presença de especialistas da Rússia e dos Estados Unidos no encontro desta quinta com o secretário estadunidense de Estado, John Kerry, em Genebra.

Na cidade suíça, explicou Lavrov, analisaremos a iniciativa que recebeu amplo apoio no mundo para o estabelecer um controle internacional dos arsenais químicos sírios.

Disse que, juntamente com os estadunidenses, será feita uma avaliação necessária do plano, proposto pela Rússia esta semana para acabar com os planos de intervenção militar dos Estados Unidos e aliados ocidentais contra a Síria.

Lavrov deu detalhes de sua reunião com Kerry, planejada para a segunda metade do dia, depois de uma reunião oficial com o chanceler do Cazaquistão, Erlan Idrisov.

O chanceler russo enfatizou que a iniciativa visa que os promotores de uma guerra renunciem ao uso da força contra o país árabe e se abra caminho a um acordo político negociado com Damasco.

Destacou a importância da presença de especialistas em Genebra, devido ao domínio e conhecimento que têm das vias de solução de assuntos desse tipo.

Segundo Lavrov, deve ser garantida adesão da Síria à Convenção Internacional para a proibição das armas químicas, o que supõe, segundo adiantou, que Damasco informe sobre os lugares onde estão armazenados esse tipo de armamento e seja transparente sobre seu programa químico.

Indicou que assim os especialistas definirão as medidas concretas e necessárias para guardar os arsenais com segurança.

O chefe da diplomacia russa não excluiu a possibilidade da reunião ser em formato tripartite, com a inclusão do enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, tendo em vista as perspectivas de convocação da conferência internacional Genebra-2.

A problemática síria dominará também os encontros bilaterais previstos pelo presidente Vladimir Pútin na sexta-feira (13), durante a cúpula de chefes de Estado da Organização de Cooperação de Xangai, em Bisqueque, Quirguistão.

Fonte: Prensa Latina