Maduro vai inspecionar empresas para constatar produção
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na noite desta quinta-feira (12) que seu governo inspecionará, a partir da próxima segunda (16), cada empresa do país para averiguar os níveis de produção. O chefe de Estado diz ter informação de que a oposição venezuelana organiza um plano de “colapso total”, financiado pelos Estados Unidos, para promover a "desestabilização" do país, com diminuição da produção, distribuição e comercialização de itens.
Publicado 13/09/2013 13:23
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Maduro também afirmou, em discurso transmitido em rede nacional de rádio e televisão, que devido a um acordo com o colombiano Juan Manuel Santos, receberá mais de US$ 600 milhões em importações de produtos do país vizinho para abastecimento absoluto da Venezuela e garantir uma reserva para os próximos três meses.
“Vocês sabem que eu não dependo de nenhuma burguesia, eu sou um presidente independente, porque não dependo nem do imperialismo norte-americano, nem de nenhum burguês. Para tomar as decisões, eu só penso no povo”, disse ele.
Para Maduro, outra das “modalidades” que influi na percepção de “colapso” do país se dá na reta final do consumo, com a diminuição de empregados trabalhando nos caixas dos supermercados. “Se tem dez caixas, por exemplo, começam a por a partir desta semana oito, depois sete e depois cinco. Quem pode dizer que não estão trabalhando? Estão, mas forma filas", explicou.
Também como medida para garantir o abastecimento, o presidente anunciou a criação de um órgão superior de economia, conformado por diversos ministros, além de uma linha “0800 Sabotagem”, para que os venezuelanos possam fazer denúncias de “guerra econômica”. Ele também convocou as Forças Armadas a se incorporarem à supervisão de distribuição de alimentos.
“Convoco todo o país à batalha pela segurança alimentar e pela estabilidade econômica”, disse Maduro, pedindo apoio de seus seguidores para combater o desabastecimento, problema geralmente intensificado em períodos pré-eleitorais. Os venezuelanos vão novamente às urnas no dia 8 de dezembro para eleger prefeitos e vereadores.
Fonte: Opera Mundi