Senadores dos EUA pedem sanções contra bancos da Rússia

Quatro senadores estadunidenses urgiram a administração do presidente Barack Obama a impor sanções contra os bancos da Rússia que, segundo eles, financiam o Exército da Síria. O senador democrata Richard Blumenthal informou, nesta semana, que ele e mais três congressistas enviaram uma carta ao secretário do Tesouro, Jacob Lew, para pedir a medida, mesmo que o apoio do seu país aos grupos armados que combatem contra o governo constitucional do presidente Bashar al-Assad não seja escondido.

Blumenthal informou que a carta dirigida ao secretário do Tesouro pede que Washington imponha sanções contra os bancos russos que, em sua opinião, violam sanções atuais sob as ordens Executivas dos EUA. Além dele, os senadores John Cornyn, Kelly Ayott (republicanos) e a senadora Jeanne Shaheen (democrata) também assinaram a carta.

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O senador Blumenthal também propôs congelar os ativos dos bancos russos nos EUA e impor restrições para a entrada no país norte-americano dos funcionários dessas entidades.

As declarações foram feitas depois de o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, chegarem a um acordo sobre o arsenal químico da Síria, após três dias de conversações na Genebra (Suíça).

Apesar do acordo, os EUA não deixam de lado o tom ameaçador contra a Síria. Na terça-feira (17), Kerry anunciou que Washington seguirá pressionando para manter sobre a mesa a ameaça de uso da força contra o país árabe e assegurar que o país entregará o seu arsenal químico.

Além disso, Kerry pediu uma resolução “forte” do Conselho de Segurança da ONU para estabelecer as bases da entrega do arsenal sírio.

Por outro lado, a Rússia pede o fim da ameaça militar e garantiu que vetará qualquer resolução sobre o conflito sírio que se baseie no Capítulo Sete da Carta das Nações Unidas, ou seja, que possibilite o uso da força.

A retórica de guerra contra a Síria intensificou-se depois de um ataque, em 21 de agosto, no subúrbio de Damasco, com evidências do uso de armas químicas, que os grupos armados da oposição atribuem ao governo de Assad. Entretanto, a equipe de investigação da ONU havia recentemente chegado ao país, a convite do governo, o que tornaria “irracional” um ataque químico pelas forças oficiais, declarou Assad.

Enquanto alguns meios de comunicação ocidentais têm usado o relatório da equipe de investigação da ONU (que confirmou o uso de armas químicas, mas não atribuiu responsabilidades) para culpar o governo de Assad, o chanceler sírio Walid Muallem entregou a Lavrov evidências de que o ataque químico foi perpetrado pelos paramilitares (grupos armados ilegais).

Com informações da HispanTV,
Da redação do Vermelho