Correa: Democracia no Equador está forte após tentativa de golpe

 “A democracia no Equador está muito fortalecida e vibrante, mas não isenta de perigo”, disse o presidente do país Rafael Correa, ao comentar a tentativa de golpe em 30 de setembro de 2010 – quando o governo do país declarou estado de exceção, depois que militares se recusaram a aceitar uma reforma legal proposta pelo presidente para reduzir os custos do Estado. Na época, ao menos seis pessoas morreram e outras 250 ficaram feridas.

Rafael Correa - Marcelo Casal Jr.

“Os que mais atentam contra a democracia são os meios de comunicação”, denunciou o mandatário equatoriano ao canal local Telerama, que destacou ainda a “evidente participação da imprensa opositora no incidente”.

Correa recordou os golpes no Chile, na Venezuela e em Honduras. Comentou que atualmente os motins são sutis e disse que “não é necessário ter forças militares atuando diretamente, só se arma uma revolta e os meios de comunicação são responsáveis por semear discórdia e incitar a violência”.

O presidente lembrou ainda que na ocasião da revolta no Equador, o aeroporto, a Assembleia Nacional e os meios públicos de comunicação foram tomados. “tudo isso são indícios de golpe de Estado, mas o povo saiu às ruas para dar a vida por seu governo”.

Durante seu pronunciamento, o governante afirmou que a investigação prossegue para que possam determinar os responsáveis. Correa apontou ainda que se cometeram erros durante o processo, como a entrega das averiguações à própria polícia que encabeçou a rebelião naquele dia.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina