EUA negam ter participado de plano contra Venezuela
Os Estados Unidos rejeitaram "categoricamente" nesta quinta-feira (26) as acusações da Venezuela de que o governo de Barack Obama sabia da existência de um plano para promover um atentado contra o presidente Nicolás Maduro e negaram ter obstaculizado seus funcionários de participar da Assembleia Geral da ONU.
Publicado 27/09/2013 16:38
"Rejeitamos categoricamente as denúncias da participação do governo dos EUA em um plano para prejudicar funcionários venezuelanos ou para desestabilizar o governo venezuelano", disse à Agência Efe um porta-voz do Departamento de Estado sob condição de anonimato.
"O governo venezuelano fez estas acusações públicas contra os Estados Unidos e seus cidadãos em várias ocasiões, mas não apresentou nenhuma prova em apoio destas alegações", acrescentou o porta-voz.
As mesmas fontes pediram ao governo da Venezuela que relate às autoridades americanas pertinentes sobre qualquer prova que possa indicar que existia um plano contra a delegação venezuelana em Nova York para que o caso possa ser investigado.
Maduro anunciou nesta quarta-feira (26) ter suspendido sua participação na Assembleia Geral das Nações Unidas porque foi informado que estavam sendo feitas "provocações" para atentar contra sua "integridade física" com o suposto conhecimento do governo dos EUA.
Por sua vez, o chanceler da Venezuela, Elías Jaua, comentou que "há um conjunto de elementos" que foram complicando a presença de Maduro na sede da ONU como "a não autorização de sobrevoo" do avião no qual viajava o presidente para a China sobre Porto Rico, acusação que os EUA negaram.
"Depois, um conjunto de tentativas de submeter funcionários do governo a interrogatórios para outorgar vistos", disse Jaua.
Segundo o chanceler, esse foi o caso do ministro para o Escritório da Presidência, Wilmer Barrientos, e do chefe da guarda de honra presidencial, Jesús Bernal, entre outros.
"Interrogatórios, questionários absolutamente infamantes, indignos, que nós nos negamos a responder, e posteriormente os vistos foram outorgados, mas só o fato de pré-condicionar os vistos a uma comitiva oficial que vem à Assembleia Geral das Nações Unidas", reclamou Jaua.
Fonte: Efe