UBM divulga nota pela descriminalização do aborto  

Em alusão a passagem do dia 28 de setembro, quando é comemorado Dia Latino-Americano e Caribenho de luta pela Legalização e pela Descriminalização do Aborto, a UBM (União Brasileira de Mulheres) divulgou uma nota pública pedindo a legalização do aborto. Realizado de forma clandestina, a prática é um dos grandes responsáveis pela mortalidade materna. Abaixo, a nota na íntegra:

Nota da UBM

A União Brasileira de Mulheres que completou 25 anos de trajetória neste ano, foi fundada com o slogan "Por um mundo de igualdade, contra toda pressão", entendendo que a imposição de uma gravidez indesejada é uma forma de opressão, porque impede as mulheres de decidirem sobre seu próprio corpo, não respeita a autonomia das mulheres.

Cabe destacar também que de acordo com dados do International Pregnancy Advisory Services (IPAS), mais de um milhão de mulheres e adolescentes são hospitalizadas a cada ano para receber tratamento por complicações que surgem como consequência de aborto inseguro.

Hoje as mulheres no Brasil sofrem um terrível ataque, que se se efetivar, significa nada mais do que tortura e mais violência. O Estatuto do Nascituro, conhecido como “bolsa estupro”, é uma forma de aprisionar cada vez mais as mulheres, tornando-as objetos de terceiros que podem violentá-las a qualquer custo com a conivência do Estado.

A UBM, juntamente com os demais movimentos cerrará fileiras na luta contra o Estatuto do Nascituro e pela legalização do aborto. “Os direitos humanos das mulheres incluem o direito ao controle e à decisão livre e responsável sobre questões relacionadas a sua sexualidade, sem coerção, discriminação ou violência”, defendeu a coordenadora nacional da UBM, Elza Campos.

Nenhuma mulher deve ser presa, maltratada ou humilhada por ter feito aborto!

Dignidade, autonomia, cidadania para as mulheres!

Pela não criminalização das mulheres e pela legalização do aborto!”

De Salvador,
Ana Emília Ribeiro