Professores paraguaios prometem greve contra corte de salários

Os sindicatos de professores do ensino público do Paraguai anunciaram que uma nova paralisação e, se necessário, uma greve nacional, contra as deduções salariais que o governo aplicou durante a última greve no país, que durou 26 dias. Os docentes lançaram, nesta terça-feira (1º) uma série de manifestações nas ruas e bloquearam estradas para expressar a rejeição à medida do Ministério da Educação, que afeta cerca de 18 mil educadores.

Professores paraguaios realizam paralização, bloqueiam estradas e prometem greve contra corte de salários/ Foto: AFP

A Federação de Educadores do Paraguai (FEP) analisa a possibilidade de declarar uma nova greve, enquanto a Organização dos Trabalhadores da Educação do Paraguai (OTEP) acredita que a ação do governo "é um ultraje, uma sanção aos trabalhadores da educação por sair às ruas defender seus direitos e reivindicações".

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Segundo o Ministério da Educação, não se trata de um desconto, mas do não pagamento por serviços não prestados, conforme previsto no artigo 373 do Código do Trabalho.

Greve

As entidades sindicais declararam, em 23 de julho, uma greve que paralisou as atividades educacionais no país por 26 dias em protesto contra uma proposta de lei que prevê baixa e cortes nos salários dos professores.

O Ministério da Educação se recusou a rever a sua medida para cortar salários dos professores por dois meses como punição para os educadores que ficaram parados em agosto exigindo melhorias no setor de aposentadoria.

O corte de pagamento mandatado pelo Executivo chega a mais de US$ 150 (R$ 334) no caso de professores do ensino fundamental e cerca de US$ 200 (R$ 445) para o ensino médio.

Vidal Ortega, líder da Organização dos Trabalhadores da Educação, disse que a paralisação e o bloqueio de estradas são "os primeiros protestos" contra a determinação do governo Cortes de insistir em um desconto ilegal.

Com Telám