Protestos marcam o dia de ação da classe trabalhadora na Bahia

A quinta-feira (03/10) foi de intensa mobilização em Salvador. Durante todo o dia, a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) realizou atividades em diversas partes da cidade para cobrar trabalho e vida digna para todos. A programação começou com um protesto dos trabalhadores da construção civil e foi encerrada com uma passeata em solidariedade à greve dos bancários.

Panfletagens nas principais estações de transbordo de ônibus da cidade também fizeram parte da ação. “Na nossa visão, a defesa do trabalho digno abrange também a luta por saúde, educação, moradia e alimentação para as pessoas. Por isso, a CTB fez questão de levar o debate para as estações de ônibus e outras áreas da cidade”, afirmou Aurino Pedreira, presidente da CTB Bahia.

As manifestações envolveram diversas categorias. A Federação dos Trabalhadores em Agricultura (Fetag) promoveu um seminário, os comerciários organizaram panfletagens no Iguatemi e na Piedade, enquanto os operários da construção civil fizeram um protesto no canteiro de obras do condomínio Greenville, em Pituaçu. Já os bancários, realizaram uma caminhada pelas ruas do Centro da cidade e receberam o apoio de comerciários e metalúrgicos, além de trabalhadores da saúde, educação e dos postos de combustíveis, dentre outros.

Em greve há 15 dias, os bancários reivindicam 11,93% de reajuste salarial, mais segurança, saúde e melhores condições de trabalho. “Os banqueiros insistem em não negociar. Enquanto isso, a greve se fortalece a cada dia. Nesta quinta-feira, fechamos 827 agências em todo o estado e vamos ampliar o movimento amanhã”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundes.

As atividades fazem parte do Dia Internacional de Ação da Classe Trabalhadora, coordenado pela FSM (Federação Sindical Mundial) em várias partes do mundo, que este ano tem como principais temas: alimentos, água, medicamentos, livros e moradia para todos.

No Brasil, os trabalhadores encamparam a mobilização, acrescentando a luta pelo arquivamento do projeto de lei que amplia a terceirização, o fim dos leilões de petróleo pela Petrobras e a democratização da mídia.

“Mais uma vez conseguimos mobilizar os trabalhadores de todo o estado em várias atividades. A CTB conseguiu trazer para as ruas a importância de valorizar o trabalho sem esquecer a dignidade humana”, ressaltou Francisco Silva, dirigente da FSM.

Fonte: CTB