Farc rejeitam lei que criminaliza movimentos socias na Colômbia

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) acusaram nesta segunda-feira (7) o governo colombiano de tentar criminalizar os protestos sociais. O alvo das críticas é o ministro de Defesa, Juan Carlos Pinzón, que apresentou um projeto de lei que, segundo representantes da guerrilha, “afetaria os direitos fundamentais dos cidadãos, com a modificação do código penal”.  

Pablo Catatumbo - Delegação de Paz das Farc

 O projeto que está em tramitação na Câmara de Representantes da Colômbia não corresponde as expectativas da guerrilha no que consideram fundamental para o diálogo de paz. “Estamos assistindo a legalização da criminalização dos protestos”, disse o membro do grupo guerrilheiro, Pablo Catatumbo, ao ler uma declaração para imprensa.

Ele qualificou o projeto de Pinzón como “antidemocrático”. Segundo a guerrilha, com a aprovação da lei “iriam para a prisão os que, movidos pela indignação gerada pela injustiça social acumulada, obstruam as vias, ou mesmo aqueles que estiveram nos protestos e nas paralisações passadas”.

Segundo o comunicado das Farc, “não se pode permitir que a Colômbia dê tratamento de inimigo interno ao povo” com medidas “fascistas” como esse projeto. Por isso, a guerrilha pediu que se estabeleça de maneira urgente “uma verdadeira doutrina de segurança humana” no país.

“Voltamos às versões agravadas do estado de sítio e do estatuto de segurança de décadas passadas”, disse Catatumbo, que completou “esses são os assuntos que devem ser debatidos no ponto dois da agenda”.

Os negociadores das Farc e do governo colombiano estão reunidos em Havana (Cuba) para o 15º ciclo de diálogos pela paz, que está pautado no segundo ponto da agenda, a participação política.

Da redação do Vermelho,
Com informações das agências de notícias e da Prensa Latina