Sul-africanos criticam campanha racista pela internet

Centenas de cidadãos sul-africanos utilizaram as redes sociais na internet para criticar a controvertida campanha Outubro Vermelho, convocada por organizações conservadoras em várias cidades.

Em Pretória, Cidade do Cabo e outros importantes centros urbanos, centenas de pessoas vinculadas a grupos conservadores da comunidade afrikaner soltaram nesta quinta-feira (10) balões vermelhos em praças públicas para condenar uma suposta violência racial.

A polêmica mobilização foi apoiada por celebridades da esfera artística, como os cantores Steve Hofmeyr e Sunette Bridges, que alegam ter ocorrido atos similares na Nova Zelândia, Austrália e em Chicago, Estados Unidos.

Segundo a principal realizadora da manifestação Red October, existe um "plano secreto" na África do Sul para assassinar fazendeiros e empresários brancos e "promover" uma infraestrutura de executivos negros.

"Estas pessoas da Red October são livres para protestar, e eu sou livre para lhes dizer que parem de dizer sandices", comentou a internauta Sarah Zerbst em sua conta no Twitter.

"A criação do Outubro Vermelho parece ser nostalgia pela era apartheid, disfarçada de causa civil", disse no Facebook Fiona Britten.

Afirmações sobre crimes contra brancos têm sido grosseiramente exageradas, apontou Nechama Brodie, porta-voz do grupo não governamental Africa Check.

"Percebemos muitas discrepâncias entre os boletins policiais de várias agências e esses vazios informativos são usados por extremistas para deturpar a verdade", dimensionou Brodie.

Os sul-africanos brancos mais tradicionalistas celebram todo 10 de outubro o Dia de Paul Kruger e da resistência boer contra a dominação britânica.

Fonte: Prensa Latina