Venezuela e Paraguai melhoram relações com troca de embaixadores

A nomeação de embaixadores se constitui no próximo passo no caminho da já evidente normalização das relações entre Paraguai e Venezuela, segundo asseguraram a Prensa Latina fontes diplomáticas paraguaias.

A nação bolivariana avançou nesse sentido com a apresentação oficial feita pelo seu chanceler Elías Jaua, durante a visita à Assunção na quarta-feira (9), da proposta de um embaixador venezuelano, colocada para consideração do governo de Horacio Cartes.

Ainda que não tenha ainda havido resposta sobre esse tema, foi evidente que, além da boa recepção da proposta venezuelana expressada pelo ministro paraguaio, Eladio Loizaga, o assunto foi tratado depois por Jaua durante sua entrevista com Cartes.

É fácil também supor esse acionar mais imediato caso se leve em conta que o Paraguai já está em um processo igual referente à nomeação dos chefes de missões diplomáticas nos casos dos outros integrantes do Mercosul, ao qual pertence.

As propostas paraguaias feitas ao Brasil e à Argentina foram respondidas favoravelmente com as concessões por esses países do acordo diplomático, o qual fará que, em curto tempo, os representantes designados assumam suas missões.

Se a isso somarmos as viagens feitas por Cartes a Buenos Aires e Brasília e o convite especial a Jaua para visitar o Paraguai, fica claro o interesse do Palácio de López de ir também gradualmente afastando os obstáculos para uma volta total ao Mercosul.

Acrescentamos que, depois da partida de Jaua, a presidenta do governista Partido Colorado, Lilian Samaniego, anunciou uma reunião da Junta Diretiva dessa organização e se mostrou favorável a tratar nela a abertura para a Venezuela.

Quer-se abrir caminho para que a bancada colorada no Congresso, majoritária nas duas Câmaras, deixe sem efeito uma anterior resolução contrária e também outorgue seu visto bom aos vínculos com Caracas e ao pleno regresso paraguaio ao Mercosul.

É claro que isso serve para esclarecer qual é a posição do Executivo apesar da reticência e até da oposição de setores cada vez mais minoritários às propostas integracionistas regionais.

Fonte: Prensa Latina