Latino-americanos criam frente de solidariedade à Palestina

Em defesa da libertação da Palestina, através de um humanismo revolucionário, que se baseia na resistência dos povos e na luta contra a opressão imperialista, é que organizações sociais e políticas latino-americanas e palestinas no exílio se uniram e criaram a Frente de Resistência Popular dos Povos Latino-Americano Palestino (FRPLP). 

Por Tatiana Félix, na Adital

Gaza Livre - Divulgação

A plataforma internacional foi lançada no último dia 08 de outubro, mesma data em que se comemora o aniversário do guerrilheiro revolucionário e ícone dos movimentos populares, Ernesto Che Guevara.

O objetivo é fazer denúncias permanentes da política de terrorismo do Estado de Israel contra o povo palestino para os organismos internacionais de justiça e direitos humanos; realizar campanhas pela libertação dos presos políticos palestinos e pela independência da Palestina, tendo Jerusalém como sua capital; impulsionar campanha de boicote aos produtos sionistas; rechaçar qualquer tipo de relações ou intercâmbio com o Estado de Israel; e promover um Tribunal Internacional de Consciência. A plataforma também promete lutar pelo retorno dos refugiados e exilados, pela posição da Palestina dentro da comunidade internacional e homenagear os mártires palestinos como memória histórica de seu povo.

A Frente é um movimento popular de solidariedade entre os povos latino-americano e palestino de caráter anti-imperialista e anticolonialista, que pretende atuar em defesa do povo palestino. Este tem seus direitos violados desde a ocupação sionista do Estado de Israel, no final da década de 1940, sobre os territórios palestinos de Cisjordânia, Gaza e os Altos de Golan.

Com base no artigo 19 da Carta Nacional Palestina de 1968, a Frente de Resistência Popular dos Povos Latino-Americano e Palestino esclarece que a "partição da Palestina em 1947 e o estabelecimento do estado de Israel são inteiramente ilegais”, já que aconteceram "contra a vontade do povo palestino”.

De acordo com o artigo 22 da Carta Nacional Palestina, o sionismo é um movimento político associado com o imperialismo internacional e antagônico a toda ação pela libertação e aos movimentos progressistas do mundo. "É racista e fanático em sua natureza; agressivo, expansionista e colonial em seus objetivos; e fascista em seus métodos”, explica. O documento afirma que o Estado de Israel é o símbolo do movimento sionista e a base geográfica do imperialismo mundial localizada estrategicamente no meio da pátria árabe, sendo uma "fonte constante de ameaça para a paz no Oriente Médio e no mundo inteiro”.

Para destruir a presença sionista e imperialista, a Frente ressalta a necessidade da libertação da Palestina, a fim de, também, alcançar a justiça, a paz e a segurança. A Plataforma também alerta que para levar adiante esta luta é importante que todos os Estados considerem o sionismo, que submete a população palestina a um regime proibido de Apartheid, como um movimento ilegítimo e proíbam suas operações.

"Desde a FRPLP, através da resistência popular dos povos, convidamos as organizações sociais e políticas latino-americanas e palestinas, homens e mulheres a se somarem a esta plataforma de solidariedade latino-americana palestina contra o imperialismo e o sionismo opressor que submetem o povo palestino a um genocídio permanente, sob a impunidade do crime da humanidade, principal violador dos direitos humanos dos povos livres do mundo”, ressaltam.