Indígenas, estudantes e camponeses voltam às ruas na Colômbia 

Nesta sexta-feira (18), a rebeldia social na Colômbia voltou a tomar impulso com novas manifestações dos indígenas e estudantes em meio a um possível reinicio da paralisação nacional dos camponeses.

Indígenas, estudantes e camponeses voltam às ruas na Colômbia - Reuters

Índios que marcharam pacificamente reiteraram na segunda-feira (14), em uma entrevista coletiva, que irão manter em protesto até alcançar a verdadeira defesa da vida, do território, da autonomia e soberania.

Representantes de 102 povos nativos denunciaram os abusos e o uso desmedido da força pública durante as manifestações em vários estados do país. Em Chocó, Guajira, Huila e no Vale do Cauca, 25 pessoas ficaram feridas com gravidade e duas foram presas.
A Organização Nacional Indígena também denunciou as ameaças que estão sendo feitas à líder do povo Kankuamo, Orfelina Carillo.

Os indígenas pedem maior participação política e protestam contra as grandes perdas econômicas resultantes dos Tratados de Livre Comércio.

Estudantes

A manifestação dos universitários também toma força na Colômbia. Há dois dias os estudantes saíram às ruas em uma paralisação nacional por soluções ao déficit educacional.

Na capital, Bogotá, e em outras cidades os estudantes pediram que o governo reconheça a dívida de 6 milhões de dólares que tem com as universidades públicas. Eles também reivindicaram uma mesa de conversação.

Camponeses

Em meio à isso, os camponeses de Boyacá, Cundinamarca e Nariño que dialogavam com o governo há um mês, decidiram interromper as negociações depois de assinalar que esperam um resolução do Executivo há 41 dias.

O presidente Juan Manuel Santos disse em pronunciamento que “não há nenhuma razão para começar a falar sobre incumprimentos, muito menos sobre greves, novamente”.

Entretanto, o porta-voz da Dignidade Agropecuária, César Pachón, assegurou que os acordos feitos não estão sendo cumpridos e disse que realizarão uma reunião com representantes dos camponeses para definir se voltam ou não para as estradas. Em uma greve iniciada em 19 de agosto, os agropecuários fecharam as estradas em protesto e pararam o país.

Por sua vez, os representantes da Mesa Nacional Agropecuária e Popular concluíram na quinta-feira (17) a sexta rodada de conversações com a equipe governamental sem nenhum avanço concreto sobre os cultivos ilícitos, primeiro ponto da agenda.
 
Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina