"Copa do Mundo de 2014 irá mudar a cara do Brasil", afirma Nádia

Ao contrário do que propagandeiam os jornalões conservadores, mais do que um campeonato internacional, a Copa do Mundo de 2014 se converte em um passo estratégico para o desenvolvimento e já demonstra em números quais serão os ganhos para o Brasil pós 2014. Reportagem da Época Negócios confirma essa afirmação em números e afirma que o mundial deve injetar R$ 142 bilhões na economia brasileira de 2010 a 2014.

Joanne Mota da Rádio Vermelho, em São Paulo 

Os dados foram extraídos da pesquisa 'Brasil Sustentável – impactos sócio-econômicos da Copa do Mundo de 2014', realizado pela consultoria Ernst & Young em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. De acordo com o estudo, o impacto ultrapassará as froteiras das 12 cidades-sede. Em uma verdadeira avalanche de recursos o Mundial irá criar 3,63 milhões de empregos, além de adicionar R$ 63,48 bilhões à renda da população. 

Somente em investimentos para garantir a infraestrutura e a organização do campeonato serão gastos R$ 22,46 bilhões. O setor de mídia será o que demandará mais recursos, R$ 6,5 bilhões. Na seqüência, aparecem os gastos com a construção de estádios (R$ 4,6 bilhões), parque hoteleiro (R$ 3,16 bilhões), segurança (R$ 1,7 bilhão) e Tecnologia da Informação (R$ 309 milhões). 

A pesquisa também aponta que outros setores também sentirão os efeitos do Mundial. Através do crescimento de setores como construção civil, turismo e comércio, R$ 112,8 bilhões serão injetados na economia. Entre 2010-2014, o turismo internacional deve crescer em 2,98 milhões, alcançando 7,4 milhões. Nestes quatro anos, deverão ser geradas receitas adicionais de R$ 5,94 bilhões. Para o ano do campeonato, serão nada menos do que US$ 8,73 bilhões trazidos ao países com gastos de turistas.

Em entrevista à Rádio Vermelho, a vice-prefeita de São Paulo e coordenadora da Secretaria da Copa (Secopa/SP), Nádia Campeão, falou sobre os ganhos que terão as cidades-sede e destacou: "Tempos experiência em realizar eventos de grande porte, a Copa é um deles. E não temos dúvida, o mundial irá mudar a cara do Brasil".

Nádia Campeão destacou como um dos principais ganhos para o país o capital intelectual. "Ninguém pergunta quem está fazendo a Copa no Brasil, mas quem está tocando toda a estruturação são os brasileiros. São os nossos centros de pesquisa que estão sendo movimentados, são os nossos cientistas que estão sendo acionadas. Essa movimentação contribuirá para um salto qualitativo imenso".

Além disso, a vice-prefeita de São Paulo destacou que "um evento como a Copa do Mundo acrescenta muito à imagem do país, especialmente às cidades-sede. Revelando as potencialidades e estrutura. E no caso de São Paulo, fortalece nossa capacidade de realiazar eventos desse porte. Ou seja, a cidade se qualifica, o que reflete diretamente no seu desenvolvimento, geração emprego e renda". 

Ouça na Rádio Vermelho a íntegra da entrevista: