ONU diz que Estados Unidos comprometeram-se a não espioná-la

A espionagem à escala mundial tem resultado em críticas massivas e debates contundentes, além da preocupação da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo a mídia internacional, ela também foi objeto do programa de vigilância dos EUA, mas o país comprometeu-se a não espioná-la, de acordo com o porta-voz Martin Nesirky, em declarações dadas à imprensa nesta quarta-feira (30).

Martin Nesirky - AP Photo

“Entendo que as autoridades estadunidenses deram garantias de que as comunicações das Nações Unidas não são e nem serão vigiadas”, disse o porta-voz da organização, citado pela agência de notícias AP.

Ainda assim, Nesirky evitou dar mais detalhes sobre o tema e, quando perguntado se os EUA espionaram as comunicações da ONU anteriormente, não respondeu.

A ONU entrou em contato com os Estados Unidos depois de o semanário alemão Der Spiegel revelar que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) havia interceptado videoconferências confidenciais e chamadas telefônicas do secretário-geral Ban Ki-moon.

Nesirky, ainda assim, recordou que as leis internacionais estabelecem a “inviolabilidade das missões diplomáticas, inclusive das Nações Unidas”, pelo que exigiu aos países membros que reagissem.

A Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas (1961) protege as funções das Nações Unidas, as missões diplomáticas e outras organizações internacionais. Entretanto, fica comprovado o desrespeito estadunidense frente às autoridades mundiais, com cada vez mais casos de espionagens sendo revelados.

A violação do compromisso não deve ser remediada com promessas dos Estados Unidos de não voltar a fazê-lo, mas sim com consequências para a posição arrogante do imperialismo, que reafirma de forma hipócrita o pretexto da proteção da sua segurança contra o terrorismo.

Com agências,
Da redação do Vermelho