Chile entra em silêncio eleitoral até eleições de domingo

O Chile entrou nesta sexta-feira (15) em silêncio eleitoral, ao concluir o prazo estipulado para que os candidatos à presidência da República, ao Parlamento e a outros cargos públicos realizassem propaganda para convencer os votantes.

Michele Bachelet durante encerramento de campanha | Foto: Divulgação da campanha

À meia-noite, inclusive, os cartazes tiveram que ser retirados da via pública, outdoors e outros materiais com mensagens que chamem diretamente a votar por um ou outro candidato.

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E segundo a lei, aqueles cartazes que não chamarem de maneira direta a exercer o voto a favor de um candidato devem ser retiradas das ruas três dias depois da votação, isto é, até dia 20 de novembro.

Na quinta-feira (14), os presidenciáveis fizeram suas últimas atividades de campanha em várias regiões do país, a maioria deles na área metropolitana e em Biobío.

Na comuna de Quinta Normal da capital, a candidata da frente de oposição Nueva Maioría, Michelle Bachelet, pediu a seus seguidores que garantam a vitória no primeiro turno de 17 de novembro, e que também apoiem os integrantes do bloco que disputam assentos no Senado e na Câmara de Deputados.

"Queremos ganhar no primeiro turno porque temos muito que fazer. Precisamos de um Chile que sonhe grande, precisamos de um Chile cidadão, precisamos de uma maioria contundente", exclamou a ex-presidenta (2006-2010), que, segundo as pesquisas, é a favorita para ganhar as eleições com ampla vantagem sobre seus rivais, ainda que é possível que precise ir a segundo turno.

Além de Bachelet, são oito competidores na corrida ao Palácio de La Moneda. A candidata presidencial da Aliança de direita, Evelyn Matthei; o independente Franco Parisi, o líder do Partido Progressista, Marco Enríquez-Ominami; e Marcel Claude, pelo Partido Humanista.

Também disputam a presidência Ricardo Israel, do Partido Regionalista dos Independentes; Roxana Miranda, candidata do Partido da Igualdade; o independente Tomás Hocelyn-Holt; e Alfredo Sfeir, do Ecologista Verde.

No fechamento de sua campanha na cidade de Chillán, na Região de Biobío, Matthei destacou o que considera conquistas do Governo do presidente Sebastián Piñera, para enfatizar a necessidade da continuidade da direita no poder.

"Estamos bem perto de ser um país desenvolvido, crescemos, criamos empregos, aumentamos os salários, mas temos uma dívida em matéria de igualdade", manifestou a ex-ministra de Trabalho.

Em Concepción, também na Região de Biobío, o independente Parisi pediu o apoio dos eleitores, e quase sem voz, instou todos os chilenos a votar.

"Chile vai mudar no domingo quando vocês se levantarem e saírem a votar, e quando votem elejam o 'number one' (…) não queremos mais caras de pau em La Moneda, queremos caras novas e vamos chegar lá", exclamou o economista.

Da praça da comuna de San Bernardo, Enríquez-Ominami chamou os jovens a ir às urnas, e convocou os eleitores em geral a dar a ele a oportunidade de ir ao segundo turno para enfrentar sozinho a Bechelet.

"Esta noite peço que pensem, decidam estes três dias que restam, têm três dias para pensar e vencer do antigo chile, ganhar da pitutocracia", disse o jornalista e cineasta.

Em outros comícios do país, Claude, Israel, Miranda e Sfeir também fizeram seus encerramentos de campanha.

Fonte: Prensa Latina