Direitos Humanos: Movimentos sociais saem às ruas no Paraguai
Nesta terça-feira (10), Dia Internacional dos Direitos Humanos, movimentos sociais paraguaios se manifestam e denunciam série de violações aos direitos humanos que vem acontecendo nos últimos tempos no país. A concentração será na Praça Itália e marcha até o Panteón de Los Héroes, em Assunção.
Mariana Serafini, para o Portal Vermelho
Publicado 10/12/2013 10:46

A justificativa do governo para a militarização das áreas é repreender o suposto EPP – Exército do Povo Paraguaio. Porém, até o momento não existe provas da real existência deste grupo intitulado de “guerrilha marxista”. Em conversa com o Portal Vermelho, o advogado que trabalha na questão de Curuguaty, Hugo Valiente, disse que existe sim um grupo guerrilheiro na região Norte do país, mas que serve de apoio ao narcotráfico e não a uma suposta revolução.
Há pouco mais de um mês um assentamento sem terra chamado Laterza Kue foi invadido pela polícia local e os campesinos desalojados. Já se passou um ano desde o Massacre de Curuguaty, onde os assentados de Marina Kue foram expulsos de forma brutal do terreno e os crimes ainda permanecem impunes. Os 14 presos políticos continuam detidos sem provas e podem ser julgados e condenados sem uma análise consistente da situação.
Nesta terça-feira (10) será lançado também um relatório anual da situação dos Direitos Humanos elaborado pela Coordenadoria de Direitos Humanos do Paraguai (Codehupy). Este ano o documento dará ênfase na luta de líderes campesinos brutalmente assassinados por grupos narcotraficantes. Entre eles Carlos Combino, Vidal Vegas (Curuguaty), Benjamin Lezcano, Lorenzo Areco e Domingo Bulfe.