Começa encontro nacional sobre cultivos ilícitos na Colômbia
Cerca de 200 delegados de organizações camponesas, indígenas e afrodescendentes colombianas se reúnem nesta quarta-feira (11) em Bogotá para um encontro nacional sobre os chamados “cultivos ilícitos”. Juntos, pretendem elaborar propostas sobre este tema a partir do olhar dos próprios produtores.
Publicado 11/12/2013 16:05
O encontro, segundo os organizadores, tem como objetivo "coadjuvar e dar insumos para construir soluções a partir da perspectiva dos que são produtores destes cultivos", coincidindo com o debate sobre o terceiro ponto da agenda de diálogos de paz entre o governo e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Segundo a convocação, durante dois dias serão trabalhadas em quatro mesas temas específicos como a erradicação forçada, as fumigações com glifosato – que tem trazido consequências nefastas para o meio ambiente e a população –, o conflito e o narcotráfico.
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De acordo com os organizadores, durante as jornadas, serão recolhidas propostas "sobre o desenvolvimento agrário integral com enfoque territorial, sem condicionamentos".
Os produtores de folha de coca, maconha e amapola analisarão o uso tradicional, cultural e alternativo que estes cultivos têm e as perspectivas para o desenvolvimento e fortalecimento sócio-cultural e econômico rural.
Também serão discutidos temas como o desenvolvimento agrário integral, o primeiro dos pontos abordados na mesa de paz entre as partes em diálogo, que em maio deste ano conseguiram acordos parciais sobre este assunto.
Ao encontro nacional foram convidados delegados indígenas e camponeses produtores de coca da Bolívia, Peru e Equador.
Em setembro passado foi realizado em Bogotá e em San José del Guaviare dois fóruns sobre a solução ao problema das drogas ilícitas, organizado a pedido da mesa de conversas entre o governo e as Farc.
Naquela ocasião os participantes coincidiram na necessidade "de uma mudança radical na maneira como o Estado e vários setores percebem os cultivadores de coca, amapola e maconha" e fizeram um chamado a mudar a política antidroga e deter as fumigações aéreas e a erradicação forçada.
Fonte: Prensa Latina