Obama pode vetar sanções contra o Irã e diálogo nuclear reinicia

Hamid Baidi Nejad, diretor-geral de Assuntos Econômicos e Especializados Internacionais do Ministério de Relações Exteriores, encabeçará a delegação iraniana nas conversações com o G5+1, que inclui como membros do Conselho de Segurança aos Estados Unidos, a França, o Reino Unido, a China e a Rússia.

A reunião foi suspensa na semana passada em Viena, na Áustria, por causa das sanções do departamento estadunidense, que alegou como justificativa o “apoio” dos 19 indivíduos e empresas a um programa nuclear que acusa de ter objetivos bélicos.

O Irã reagiu rechaçando a postura adotada em detrimento das negociações, que têm sido saudadas por diversos atores políticos e pela sociedade internacional. Ainda assim, reafirma o compromisso com a diplomacia e insta as partes a assumirem a mesma postura, já que a questão é extremamente importante para todo o mundo.

Na quinta-feira (19), em declarações à imprensa, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney afirmou que o presidente estadunidense, Barack Obama, utilizará o seu direito ao veto se o Congresso aprovar uma nova rodada de sanções contra o Irã.

“Se o [projeto] chegar a ser aprovado, o presidente o vetará”, disse o porta-voz. Seus comentários foram provocados porque, horas antes, 26 senadores democratas e republicanos elaboraram uma proposta para endurecer as sanções contra o setor petrolífero do Irã, sobretudo nas suas vendas ao exterior, caso o pacto provisional alcançado no fim de novembro (com duração de seis meses) fracasse.

A iniciativa, apresentada pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, o democrata Robert Menéndez, busca também impor novas sanções contra as indústrias iranianas de construção, mineração e engenharia. Entretanto, saiu à luz no mesmo dia em que as negociações entre peritos foi retomada, no quadro do acordo provisório.

Da redação do Vermelho,
Com informações da HispanTV