Bahia realiza primeiro concurso para professor indígena do país

O Governo do Estado realizou, no último domingo (12/1), nos municípios de Porto Seguro, Ilhéus, Paulo Afonso, Ibotirama e Ribeira do Pombal, uma seleção para preenchimento de 390 vagas de professor indígena. Essa é o primeiro concurso público no país específico para a etnia.

Os selecionados deverão trabalhar em 19 escolas, situadas em aldeias dos municípios de Abaré, Banzaê, Buerarema, Euclides da Cunha, Glória, Ibotirama, Ilhéus, Muquém do São Francisco, Pau Brasil, Prado, Rodelas e Santa Cruz Cabrália. Para preencher uma das vagas, o candidato tem que pertencer à etnia da aldeia onde deverá exercer as atividades.

De acordo com o secretário estadual da Educação, Osvaldo Barreto, a Bahia consolida, com a realização do concurso, a política de educação indígena, prevista na Lei Estadual nº 18.629/2010. A matéria institui, ineditamente, a carreira do professor indígena no quadro do Magistério Público do Estado.

A iniciativa integra, ainda segundo o secretário, uma política que prevê a construção de uma educação diferenciada, específica e com qualidade, resultante de um exercício partilhado com os índios. Atualmente, a Bahia tem 67 espaços escolares indígenas, mantidos pela Secretaria da Educação do Estado, e 7.492 estudantes matriculados.

Nessa primeira etapa, os 1.167 inscritos fizeram duas provas – uma objetiva, com 50 questões, e outra discursiva, com quatro questões abertas. “As provas aconteceram tranquilamente e o concurso segue, agora, em sua segunda etapa, que consiste na avaliação de títulos, com caráter classificatório”, informou a diretora de planejamento da Secretaria da Educação, Ana Grácia.

A divulgação do resultado está prevista para o dia 11 de abril. O gabarito da primeira etapa já está disponível no site da Consultoria em Projetos Educacionais e Concursos – Consultec (www.consultec.com.br).

De Salvador,
Erikson Walla
*Colaborou Secom/BA