Rafael Correa pede a saída de oficiais dos EUA do Equador
O presidente Rafael Correa declarou nesta quarta (23) que o governo norte-americano tem muitos militares a postos na embaixada dos EUA no Equador. Para o chefe de Estado, não há necessidade dos cerca de 50 oficiais no país e planeja ordenar a saída de pelo menos parte deles. “O que justifica essa presença?”, questiona.
Publicado 23/01/2014 14:30

A declaração foi dada durante uma conferência de imprensa internacional em que Correa demonstrou-se incomodado com a assiduidade norte-americana. “Infelizmente, essas pessoas estão infiltradas em todos os setores sociais, o que é escandalosamente normal”, afirmou.
De acordo com o oficial de imprensa da embaixada dos EUA, Jeffrey Weinshenker, não houve nenhuma notificação de Quito sobre esse assunto. “Todas as nossas atividades são realizadas com a aprovação explícita das autoridades equatorianas”, justificou.
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As relações entre Estados Unidos e Equador têm sido marcadas por desavenças desde a entrada de Correa no poder, em 2007. Na ocasião, o chefe de Estado pediu a saída do país de pelo menos três diplomatas norte-americanos.
Na quarta (22), o líder equatoriano declarou que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange poderá "permanecer pelo tempo que quiser na embaixada equatoriana em Londres", onde está refugiado há mais de um ano e meio. Para ele, Assange "é bem-vindo”.
No início da semana, o líder político descartou a possibilidade de reformar a Constituição do país para tentar se reeleger. Ele garantiu que seu partido, o Aliança País, possui candidatos capacitados para as próximas eleições, previstas para 2017.
Fonte: Opera Mundi