Síria e China reafirmam rechaço à ingerência externa no conflito

O vice-premiê sírio e ministro das Relações Exteriores e da Emigração, Walid Al-Moallem, chefe da delegação de diplomatas que participam da Conferência Internacional de Paz sobre a Síria (“Genebra 2”), desde esta quarta-feira (22), encontrou-se com o chanceler da China, Wang Yi, nos bastidores da reunião ministerial, no mesmo dia. A Conferência continua nesta quinta (23) e sexta (24), quando os representantes do governo e da oposição devem dialogar.

Walid Al-Moallem e Wang Yi - Xinhua

Al-Moallem e Wang discutiram formas de garantir uma conclusão construtiva para a conferência, enquanto o chanceler sírio ressaltou que o combate ao terrorismo é a prioridade para o povo do seu país, já que estabelece as bases para um processo político de diálogo entre os sírios, sem a ingerência estrangeira.

Aqueles que participam da conferência “não representam a oposição síria”, disse Al-Moallem, referindo-se aos delegados da Coalizão Nacional Síria (CNS), “e os países que os apoiam deveriam parar de se intrometer para deixar que os sírios que representam a oposição nacional, dentro da Síria, trabalhem para recuperar a estabilidade e a segurança.”

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Para o chanceler, o diálogo entre as partes deve ser realizando dentro do território nacional, já que o povo sírio é o único lado que decidirá o futuro do seu país. Wang Yi também reuniu-se com o líder da CNS, Ahmad al-Jarba, no mesmo âmbito, e pediu que ambos os lados em conflito mostrem sua sinceridade e tomem medidas construtivas para chegar a um quadro de acordo sobre os princípios do diálogo político.

O chanceler chinês renovou a posição firme do seu país com relação à crise na Síria, afirmando que “nenhuma solução estrangeira pode ser imposta ao povo sírio”, reafirmando as declarações dadas durante a abertura da conferência.

Wang disse que a China “saúda a participação de todos os espectros da comunidade síria na conferência, à exceção daqueles que perpetram atos de terrorismo,” de acordo com o seu compromisso com os princípios da Carta das Nações Unidas, “particularmente o da não-interferência nos assuntos internos dos Estados.”

O ministro chinês reiterou também o compromisso do seu país com a cooperação econômica com a Síria, conforme havia declarado na conferência, quando deu ênfase à grave crise humanitária vivida no país e nos campos de refugiados nos países vizinhos.

Da redação do Vermelho,
Com informações da agência síria de notícias, Sana.