Delegação síria prepara-se para diálogo com oposição nesta sexta

O vice-ministro e chanceler sírio, Walid Al-Moallem, encontrou-se com o enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Lakhdar Brahimi, nesta quinta-feira (23), e discutiu procedimentos para lançar o processo de diálogo com a delegação que alega representar a oposição ao governo do presidente Bashar al-Assad, durante a Conferência Internacional de Paz “Genebra 2”, iniciada na quarta-feira (22), na Suíça.

Síria em Genebra 2 - Sana

A delegação do governo reúne-se nesta manhã com o grupo de representação da Coalizão Nacional Síria (CNS), que tem se apresentado como a “oposição” ao governo na Síria, respaldada pelo apoio e pela ingerência destrutiva do Ocidente e de vizinhos como a Arábia Saudita, a Turquia e, até o ano passado, do Catar.

A reunião de quinta-feira, que tinha como objetivo a preparação para o diálogo direto, contou com a participação da conselheira presidencial para política e mídia, Buthaina Shaaban, do vice-chanceler Fayssal Mikdad e o assistente da mesma pasta, Hussam al-Din Ala e do enviado permanente da Síria para a ONU, Bashar Al-Jafari.

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Além disso, nesta sexta-feira (24), o ministro da Informação Omran al-Zoubi deu declarações à agência síria de notícias, Sana, sobre a sua participação na conferência internacional: “Queremos defender o nosso país e o nosso povo, é importante mover a maquinaria para uma discussão séria.”

“Estamos insistindo no sucesso de uma trajetória política e não temos intenções de complicá-la. Temos diretivas claras do presidente Bashar Al-Assad para trabalhar pelo sucesso desse caminho,” disse o ministro. “Viemos a Genebra com uma mente aberta e uma vontade livre, soberana e independente, e ninguém, nem os maiores países e instituições, ou Estados regionais, podem ditar a sua linguagem ou condições, de maneira alguma.”

E completou: “Não há sentido em qualquer processo político ou passo enquanto armas e espadas são apontadas contra os nossos cidadãos. O diálogo em Damasco está indo bem e nós trabalharemos para aprofundá-lo com todos os partidos da oposição que não foram convidados para a conferência de Genebra.”

Da redação do Vermelho,
Com informações da Sana