Putin afasta opção de mediação na crise política da Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin descartou, nesta terça-feira (28), qualquer mediação de Moscou na crise política da Ucrânia, e afirmou confiar na capacidade do país de resolver seu conflito, depois da intensificação da violência nos protestos convocados pela direita oposicionista.

Em Bruxelas, na Bélgica, para a Cúpula bilateral entre Rússia e União Europeia, Putin disse considerar que a Ucrânia não precisa de intermediários que, longe de ajudar, poderiam piorar a situação.

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As declarações são consideradas uma crítica à atitude da União Europeia e à viagem que a chefe da Diplomacia do bloco, Catherine Ashton, fará ainda nesta terça ao país. O papel da Rússia e à integração à UE estão justamente no centro das bandeiras agressivas levantadas pela oposição direitista e pela mídia internacional.

Já o presidente do Conselho Europeu (o Executivo da UE), Herman Van Rompuy, ratificou na sua coletiva de imprensa, que o bloco tentará mediar entre o governo e a oposição da Ucrânia.

Entretanto, desde o início da crise, a UE manifestou apoio aos protestos, impulsionados pela suspensão das negociações para a adesão ao bloco pelo governo e pelo avanço das negociações para a integração da União Aduaneira entre a Rússia e outros dois vizinhos.

Os dois temas colocaram a crise política e os protestos violentos sob o foco da mídia internacional, com a interpretação simplista da manutenção da influência russa sobre os seus vizinhos regionais, ou de uma “esfera de influência” contrária à integração à Europa, o que tanto o governo ucraniano e a própria russa rechaçam.

Nesta mesma terça, o premiê ucraniano pediu demissão do cargo para tentar evitar uma crise pior, mas seu pedido ainda não foi aceito pelo presidente. Uma das reivindicações da direita nas ruas é exatamente a demissão do governo, apesar das negociações propostas pelas autoridades com a oposição.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina