Nova explosão no Líbano alarma a ONU sobre crise regional
A explosão de um carro bomba matou ao menos quatro pessoas na noite de sábado (1º/2) na cidade de Hermel, no Líbano, de acordo com o ministro do Interior, Marwan Charbel. Já no domingo (2), a Frente al-Nursa, ligada ao grupo que combate com terrorismo as tropas do governo na Síria, afirmou ser autora do ataque.
Publicado 03/02/2014 09:01

Segundo a frente islamita (que usa a violência para promover a sua interpretação do Islã), o ataque foi motivado pelo envolvimento do partido e movimento de resistência islâmica libanês, Hezbolá, no conflito na Síria. O Hezbolá atua principalmente na fronteira entre os dois países, para impedir o avanço extremista.
A explosão foi um ataque suicida. “Ao menos quatro pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas; duas ou três, em condições críticas,” disse Charbel, ministro interino, à emissora libanesa Al-Manar.
Uma fonte dos serviços de segurança disse à Reuters que, além das três vítimas fatais e do próprio militante suicida, outras 28 pessoas tinham ficado feridas pela explosão, que aconteceu por volta das seis da tarde.
A Agência Nacional de Notícias do Líbano (NNA) citou testemunhas que disseram que o islamita entrou no posto de gasolina e pediu para comprar combustível antes de detonar a bomba, deixando um buraco de um metro de profundidade no solo e colocando fogo no posto e os carros.
O primeiro-ministro interino, Najib Mikati condenou o ataque: “Novamente, as mãos da traição têm como alvo a região libanesa e tomam as vidas de cidadãos inocentes,” disse ele.
Charbel disse à agência de notícias Reuters que a situação no Líbano está instável e piorando a cada dia. “Está questão é muito, muito perigosa,” disse ele. “É maior do que o aparato securitário.”
O ministro da Informação da Síria, Omran al-Zohbi, em declarações à emissora Al-Mayadeen, disse que “este ataque terrorista, como aqueles anteriores, só beneficia o inimigo israelense.”
O Conselho de Segurança das Nações Unidas emitiu uma declaração em que condena “o ataque terrorista” e pede que os perpetradores sejam levados à justiça. Os membros do conselho também apelaram para que todo o povo libanês “preserve a unidade nacional diante das tentativas de prejudicar a estabilidade do país,” e para todos evitarem qualquer envolvimento na crise síria.
Da redação do Vermelho,
Com informações do portal libanês Al-Akhbar