Greve dos rodoviários de Porto Alegre já dura 15 dias

A capital gaúcha está há 15 dias sem o serviço de transporte coletivo. Os trabalhadores do setor entraram em greve no dia 27 de janeiro, depois de ter tomado a decisão em assembleia geral no dia 25. Eles reivindicam redução da carga horária para seis horas diárias, aumento de R$4 no vale-refeição, reajuste salarial de 14%, fim do banco de horas e manutenção do plano de saúde sem desconto no salário.

Por Mariana Serafini, do Portal Vermelho

Greve dos rodoviários de Porto Alegre - Marcelo Miranda Becker

Nesta segunda-feira (10) será realizada uma reunião de conciliação com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), às 19h30. Será a quarta tentativa de entrar em acordo com o setor patronal.

A Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), afirma que não pode atender às reivindicações da classe trabalhadora, e anunciou que vai descontar os dias parados na folha de pagamento de fevereiro. Além disso, o sindicato patronal ameaçou os rodoviários de “possíveis demissões”.

A prefeitura de Porto Alegre determinou que mesmo com a greve, deve circular 70% da frota nos horários de pico e 30% no restante do dia, sob pena de multa diária. Os trabalhadores não estão cumprindo a decisão judicial e até o momento já receberam duas multas, uma de R$100mil, referente aos dias 28 e 29 de janeiro, e outra de R$150 mil, que corresponde aos dias 30 e 31.

A líder do PCdoB na Câmara de Vereadores, Jussara Cony, deixou claro que a responsabilidade pela atual situação é do poder executivo. Em nota, o Partido ainda ressaltou que desde a campanha eleitoral de 2012 vinha avisando sobre a questão do transporte coletivo.