PCdoB de São Paulo debateu os rumos polítcos de 2014
O Comitê Estadual se reuniu no último dia 15 de fevereiro e debateu a conjuntura política; o plano eleitoral do PCdoB no estado; elegeu a comissão de controle e a secretaria de combate ao racismo.
Publicado 19/02/2014 12:49 | Editado 04/03/2020 17:16
A direção do Partido se reuniu na Capital de São Paulo, no auditório da Fitcom, e debateu a conjuntura nacional e a eleição presidencial. Adalberto Monteiro, secretário de formação do Comitê Central, expôs o cenário da batalha eleitoral.
Na avaliação, o cenário é favorável para a reeleição de Dilma, que manteve o país sob a ótica dos avanços obtidos nos últimos 10 anos. Ele lembrou que neste ano o golpe militar completa 50 anos, levantando o debate sobre quem tem o legado da luta democrática e quem esteve do lado dos golpistas. E nesse episódio, o nosso campo se mantém fiel aos preceitos democráticos. Ele destacou, também, as dificuldades existentes para manter a base do governo sólida, principalmente do seu aliado majoritário – o PMDB; e avaliou os impactos do movimento feito pelo PSB, que compunha a base de apoio do governo, mas que saiu para lançar uma candidatura própria com posições que se aproximam da dos tucanos de Aécio Neves. Ele falou da pressão da oligarquia financeira em reavivar o projeto neoliberal; e o auxilio da grande mídia para desconstruir a imagem da presidenta, projetando quadros da oposição.
Outro ponto levantado foi a tentativa da oposição e da mídia em vincular o evento da Copa do Mundo com os investimentos sociais, tentando criar um sentimento no povo de que não vai ter Copa. Essa tentativa de politizar o evento tem alvo certo: as eleições de 2014. Os comunistas precisam se entrincheirar nessa batalha e desmistificar esse discurso meramente oportunista eleitoreiro. É preciso propagar que os investimentos sociais não foram desviados para a construção dos estádios e que o evento traz benefícios e investimentos para a população. Ou seja, é preciso propagandear consignas como “Não há contradição, eu quero Copa, Saúde e Educação”.
No cenário estadual, Rovilson Britto, vice-presidente do Partido, ressaltou que o governador Geraldo Alckmin vai para a batalha com maiores dificuldades se comparada com o cenário das últimas eleições, mas ainda se apresenta como o candidato de maior força. Essa força está relacionada à máquina do Estado, que está a serviço da sua reeleição. Porém, o surgimento das candidaturas do PMDB, com Paulo Skaf, do PSD, com Gilberto Kassab, e com o PSB estudando um nome para lançar ao pleito majoritário, traz rachaduras no leque de alianças do PSDB. O PT apresenta o nome de Alexandre Padilha. É a primeira vez que o Partido dos Trabalhadores antecipa um nome, desde de novembro, e de forma unificada, mostrando ser um candidato competitivo.
Com relação ao apoio dos comunistas à candidatura majoritária, o Comitê Estadual aprovou a realização de diálogos com todos os candidatos que figuram na oposição ao governo estadual. Já para a chapa de deputados federais, reafirmou as pré-candidaturas de Orlando Silva, Netinho de Paulo e Protógenes Queiroz. A chapa para a eleição dos deputados estaduais está em processo de conclusão, e se destacou que é preciso intensificar o debate com as lideranças em todo o Estado para lançarmos 140 candidatos.
Depois de diversas contribuições dos participantes e com grande consenso sobre as pautas debatidas, o Comitê elegeu sua comissão de Controle com Alessandra Costa (Keka), Augusto Chagas, Laércio Soares, Majô Jandreice e Renan Aires e, para a secretaria de Combate ao Racismo, foi eleito Manoel Julião.