Por ingerência, Venezuela rompe relações com o Panamá

Diante das declarações do governo do Panamá que pediu à Organização dos Estados Americanos (OEA) que avalie a situação política da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro anunciou, nesta quarta-feira (5) o rompimento das relações diplomáticas com o país do canal comandado por Ricardo Martinelli.

"Aniversário da morte de Chávez é celebrado com luta", afirmou Maduro| Foto: sibci.gob.ve

A decisão do governo venezuelano foi anunciada diante de presidentes, chanceleres e delegações internacionais que participaram do ato em homenagem ao líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez, quando se celebra o primeiro ano de sua morte.

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O embaixador do Panamá na OEA, Arturo Vallarino, afirmou que o pedido do país é “um chamdo de atenção para os membros da organização em relação à necessidade de que este organismo adote algumas medidas dirigidas”. A reunião deverá ser realizada nesta quinta-feira (6).

“Não aceitaremos ingerência”

Maduro, no entanto, rechaçou a iniciativa. Trata-se de “um presidente de direta que não é líder de seu povo e que está insistentemente criando condições contra a Venezuela para que a OEA dê um passo de intervenção contra nosso país. (…) Ninguém vai conspirar para pedir intervenção contra nossa pátria. O povo está unido pela independência”, alertou”.

"Frente à conspiração aberta do Embaixador do governo do Panamá junto à OEA (Arturo Vallarino), decidi romper relações políticas com o atual governo do Panamá e congelar todas as relações comerciais a partir deste momento em defesa da soberania do nosso país”, defendeu.

Acompanhe a cobertura do Vermelho sobre o primeiro ano da morte de Chávez

Ao Secretário Geral da OEA, Miguel Insulza, Maduro foi enfático: “não pedimos nenhuma comissão da OEA, não vamos aceitar nenhuma solicitação do Conselho. Se autonominarem uma delegação, terão que entrar clandestinamente no país, porque não terão nossa autorização”.

E lembrou que o país fez, formalmente, um pedido de reunião na Unasul: “nosso destino é a América do Sul. No momento que as agendas dos mandatários forem coordenadas, faremos a reunião. Levaremos a esta reunião as provas do golpe que está sendo dado na Venezuela”.

Da Redação do Portal Vermelho,
Vanessa Martina Silva