Um ano depois da morte de Chávez, venezuelanos lembram seu legado
Há um ano na Venezuela, todos os dias às 16h25, é disparado um tiro de canhão em homenagem a Hugo Chávez. Nesta quarta, 5 de março, o ato fez parte das atividades para lembrar o primeiro ano de sua morte. Desde as 4h, eram soltados rojões por toda Caracas. Também foram realizados um desfile cívico-militar, um ato político-cultural, que contou com a presença de cantores e presidentes e uma missa.
Por Vanessa Martina Silva, do Portal Vermelho
Publicado 05/03/2014 20:40
Atividades em memória do presidente foram realizadas em diversas partes do mundo. Em Caracas, a cerimônia política foi realizada no Quartel da Montanha, onde estão os restos mortais do presidente. O ato foi acompanhado pelos presidentes de Cuba, Raúl Castro, da Bolívia, Evo Morales, da Nicarágua, Daniel Ortega, do Suriname, Dési Bouterse, pela primeira-ministra da Jamaica, Portia Simpson-Miller e pelo Assessor Especial da Presidência da República Brasileira para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.
Maduro enfatizou que “a pátria que [Chávez] ajudou a levantar e ser independente está de pé batalhando como deve ser. Se algo nos fortalece é a luta, a batalha de ideias, defesa dos princípios, da justiça, dos projetos que demonstrou ser superior em nossa pátria”, disse.

Quanto ao processo de golpe que está sendo vivido pelo país, Maduro afirmou que o país está em meio a uma batalha pelo direito à paz. “Se lançaram de maneira voraz e com força contra a pátria. Mas isso gerou mais coesão do povo, mais união cívico-militar. A batalha fez nos unir. Quero saudar intelectuais como [Ignácio] Ramonet, [João Pedro] Stédile, Marco Aurélio [García], esta batalha para defender nossa terra e o projeto revolucionário”.

Maduro fez questão de mencionar que há um movimento coordenado internacionalmente que pretende, por via de pequenos grupos, encher o país de violência. E, diante da ingerência das ações do governo panamenho com relação ao país, anunciou a suspensão das relações diplomáticas e comerciais com o Panamá.
O mandatário encerrou sua fala ressaltando a abertura que fez à oposição para o diálogo no marco da conferência de Paz, que será realizada nesta quinta-feira (16).