Após 8 dias de greve, garis conquistam R$ 1.100 de piso salarial

Os garis da cidade do Rio de Janeiro conquistaram no último sábado (8) um piso salarial de R$ 1.100, após greve de oito dias para cobrar melhorias nas condições laborais. A audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) se arrastou durante toda a tarde de sábado e chegou ao fim com a aceitação da administração Eduardo Paes (PMDB) da última proposta feita pelos representantes da categoria.

Vitória da greve dos garis do RJ - CTB-RJ

A audiência de conciliação entre a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) e o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio, que estava agendada para a próxima terça-feira (11), foi antecipada para este sábado e foi realizada na Justiça do Trabalho, no Centro.

Piso

O novo piso fica abaixo dos R$ 1.200 almejados por um segmento dos garis, mas é R$ 225,21 maior que o previsto no acordo fechado previamente entre a prefeitura e o Sindicato de Empregados de Empresas de Asseio e Conservação e representa um reajuste de 37%. Um grupo dos profissionais não gostou da proposta obtida previamente e passou a desconhecer a mediação sindical, o que levou a administração municipal a promover críticas e a desconhecer a manutenção da greve iniciada em meio ao carnaval.

Além do aumento do salário, que anteriormente era de R$ 803, sobe também o ticket-refeição, de R$ 12 para R$ 20. O secretário da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho, informou que a coleta será normalizada e a previsão é de que a cidade fique toda limpa em 3 dias.

Demissões

Sobre as possíveis demissões, que haviam sido anunciadas para os garis que faltassem ao trabalho, o prefeito Eduardo Paes disse que não pretende mandar ninguém embora, mas que casos específicos serão analisados.

Estiveram presentes na reunião: o presidente da Comlurb, Vinícius Roriz; o chefe da Casa Civil, Pedro Paulo; o procurador-geral do Município, Fernando Dionísio; presidente do Sindicato de Empregados de Empresas de Asseio e Conservação, Luciano David Araújo, e o vice-presidente Antônio Carlos da Silva; o presidente do TRT, Carlos Alberto Araújo Drummond; a vice Maria das Graças Cabral Viegas Paranho; e a procuradora regional do Trabalho Débora da Silva Félix.

Na última sexta-feira (07), a CTB-RJ divulgou uma Nota de Apoio à greve da categoria, afirmando que os profissionais da limpeza urbana prestam um serviço essencial para o bom funcionamento da cidade e devem ser tratado com respeito pelo poder público.

No documento a CTB-RJ repudia com veemência a demissão dos profissionais garis e defendeu a reabertura das negociações com readmissão imediata de todos os demitidos.

Fonte: CTB