Gilson Reis exige transparência em obras da Dom Pedro II

Enquanto o portal da transparência da PBH apresentava R$ 26 milhões, os representantes do executivo declararam o valor de R$ 11,3 milhões. “Queremos mais transparência e relatos corretos dos valores já que ambos me parecem bem altos para uma obra relativamente simples”, declarou Gilson.

Comerciantes e moradores que compareceram a audiência pública deram depoimentos contundentes sobre as consequências já sentidas, das obras na avenida. A maioria reclamou da falta de transparência e diálogo da PBH e relatou prejuízos. Para o presidente Associação dos Proprietários e Comerciantes da Regional Noroeste de Belo Horizonte (Aprocom), Lucas Junior, a prefeitura está penalizando os comerciantes da região ao restringir o horário para carga e descarga e limitar vagas de estacionamento na rua.

“A pista continuará muito estreita e 90% das vagas são ocupadas por funcionários e trabalhadores da região. O comércio não aproveita as vagas nas ruas e Isso significa que essas pessoas não terão mais lugar para estacionar”, declarou Lucas. Já outros comerciantes estão bastantes preocupados com a manutenção dos funcionários e do próprio negócio, “ Vim a audiência mas estou a base de remédios pois já não sei o que fazer, o fechamento de uma das ruas que dá acesso ao meu empreendimento resultou na queda do faturamento em 11%, faço um apelo para que revejam a questão das vagas de estacionamento e paradas rápidas”, desabafou Lindaura Barbosa, proprietária de uma padaria na Pedro II.

Para o vereador Gilson Reis a obra é um absurdo e modifica totalmente a dinâmica da região. “A prefeitura quer destruir a vocação da Pedro II. Ali é uma via de deslocamento e do jeito que está sendo feita significa a destruição do comércio e do modo de sustento de centenas de trabalhadores”, declarou Reis. O parlamentar criticou também a ausência de importantes figuras do executivo que pudessem encaminhar ações concretas. A PBH enviou a audiência somente representantes da BHtrans e Sudecap que ao término da não se pronunciaram oficialmente e evitaram a imprensa . “Historicamente a região noroeste sempre foi abandonada e agora as atenções se voltam para medidas arbitrárias contra moradores e comerciantes. Quero manifestar meu repúdio a esse projeto. Agora mais do que nunca é preciso mobilizar as pessoas que vivem e sobrevivem economicamente na região.”, completou Reis.

Foram convidados para a audiência, representantes dos Lojistas e Comerciantes e da Comissão de Moradores, Secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Informação, Thiago Greco; o secretário municipal de Obras e Infraestrutura e Superintendente de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), José Lauro Nogueira Terror; e a Promotora de Justiça de Defesa da Habitação e Urbanismo, Cláudia Ferreira de Souza.

Informações da assessoria de imprensa do vereador Gilson Reis