Parlamentares colombianos defendem Comissão da Verdade

Vários congressistas colombianos se pronunciaram a favor de criar uma comissão da verdade, mecanismo que contribuiria à reconciliação neste país, afetado por mais de 50 anos de conflito armado.

Neste domingo (30), ao fechar outro ciclo de diálogos de paz entre o Governo e a guerrilha das Farc-EP, sediados em Cuba, o chefe da equipe governamental, Humberto de la Calle, afirmou que esse tema foi discutido e que estariam dispostos a sua criação "para que nela coincidam todas as verdades, sem exceção".

O representante do Pólo Democrático Alternativo na Câmara, Iván Cepeda, membro da Comissão de Paz do Congresso, afirmou à emissora Caracol Rádio que pelo bem das vítimas e do país serão necessários esforços para esclarecer e para chegar à verdade no pós-conflito.

"Considero necessário e imperativo que se faça esse tipo de esforço", disse.

Outra das parlamentares que se mostrou a favor desta iniciativa é Angela María Robledo, da Aliança Verde, que destacou as tarefas que vem sendo feitas na Colômbia inteira nas mesas regionais pela paz, que, manifestou, ajudaram a ativar o processo.

Por sua vez o representante pelo Partido Liberal, Guillermo Rivera, qualificou a iniciativa como uma boa notícia.

Em setembro do ano passado a equipe de paz da guerrilha colombiana tinha reiterado seu chamado ao Governo para integrar a Comissão de Revisão e Esclarecimento da Verdade da História do Conflito Interno.

O Governo deve fazer tudo que for possível para concretizar sua integração à Comissão, na qual devem ser estabelecidas as responsabilidades para aqueles que têm sido parte do conflito para além dos levantados em armas, apontou naquela ocasião Laura Villa, integrante da força insurgente.

Os diálogos de paz, instalados desde novembro de 2012, concluíram ontem outra rodada com avanços no tema sobre a solução ao problema de drogas ilícitas, o terceiro ponto de uma agenda de seis.

Até o momento, foram estabelecidos acordos parciais sobre o desenvolvimento agrário integral e a participação política.

Fonte: Prensa Latina