Síria anuncia eleições presidenciais e avanço contra o terrorismo

A Síria realizará eleições presidenciais no início de junho, de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (21), pelo presidente do Parlamento, Mohamad al-Laham. “Determino a data da eleição de um presidente para a República Árabe Síria (…) para os cidadãos que vivem no país em 3 de junho,” anunciou al-Laham durante uma reunião no Parlamento, quando explicou que os sírios residentes no exterior votarão nas embaixadas, em 28 de maio.

Manifestação de apoio a Assad - HispanTV

O parlamentar sírio agregou que os candidatos à presidência terão até 1º de maio para inscreverem-se. O atual presidente, Bashar al-Assad, ainda não anunciou publicamente se voltará a candidatar-se para o terceiro mandato, permitido pela Constituição síria. Assad foi eleito com maioria expressiva em 2000 e em 2007 – os mandatos para presidente na Síria são de sete anos.

Em maio de 2013, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês) revelou que Assad poderia ganhar as próximas eleições presidenciais com 75% dos votos, em pleno conflito armado e avanço agressivo do Ocidente no plano político internacional contra o governo sírio.

O país foi imerso na crise e na violência em março de 2011, quando protestos populares foram redirecionados, com apoio dos EUA, da União Europeia, da Arábia Saudita, Turquia, Catar e, com alguma expressão, Israel, para a tomada da situação por grupos extremistas com ligações, inclusive, à rede Al-Qaeda, com ações de terror espalhadas pelo país e que afetam diretamente os civis.

Ainda assim, com a intenção de derrubar o governo de Assad, que não se enquadra na agenda política imperialista das potências ocidentais, a guerra civil foi arrastada no tempo pelo respaldo financeiro, logístico e político garantido pelo exterior, com o objetivo claro de desestabilização do país.

Apesar das numerosas vítimas fatais, majoritariamente civis, dos milhões de refugiados e dos graves danos materiais à infraestrutura do país durante os combates, o governo conquista avanços importantes no combate ao terrorismo dos grupos extremistas, retomando o controle de regiões cruciais, trabalhando pelo envio de ajuda humanitária às regiões mais afetadas.

As autoridades sírias também têm cumprido o compromisso de remoção das armas químicas do país para a sua destruição – saudado frequentemente pela Organização das Nações Unidas (ONU) – conforme o acordo assinado no fim do ano passado, com a mediação decisiva da Rússia, que frustrou os planos das potências ocidentais e seus aliados regionais para lançar uma agressão militar contra a Síria.

Da Redação do Vermelho,
Com informações das agências de notícias