Oclae realiza congresso estudantil na Nicarágua em agosto

O Congresso Latino-Americano e Caribenho dos Estudantes (Clae), instância máxima do movimento estudantil no continente, será realizado de 17 a 23 de agosto de 2014 em Manágua, capital da Nicarágua. É no Clae onde se definem as resoluções, linhas de trabalho, bandeiras de luta e plataformas para o próximo período, além de eleição da nova diretoria que ficará à frente da entidade por dois anos. O encontro é aberto à participação de qualquer estudante e todos têm direito a voz.

Congresso da Oclae em Quito, Equador - Reprodução

Os estudantes participam por meio de grupos de discussão, painéis e fóruns. São esperados mais de 5 mil jovens de 20 países de toda a América Latina e do Caribe. Para garantir a isonomia entre os países, ou seja, sem a predominância de um ou alguns sobre os demais, a aprovação das resoluções e a eleição da diretoria se dá em um fórum que ocorre dentro do congresso chamado reunião de representantes, onde participam um delegado por organização membro da Oclae.

A Organização Continental Latino-Americana e Caribenha de Estudantes (Oclae) tem como princípios o anti-imperialismo e a defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, firmados no Manifesto de Córdoba de 1918. Dessa forma, esses temas serão centrais no encontro. Além disso, os temas relacionados ao fortalecimento do movimento estudantil e a sua unidade, o cenário político da América Latina e do mundo estarão na pauta. “Decidimos realizar nos marcos deste Clae também o 1.º Encontro Latino Americano e Caribenho de Mulheres da Oclae, o que dará uma visibilidade à defesa dos direitos das mulheres e o combate ao machismo”, ressaltou o diretor da UNE e secretário-executivo da Oclae, Mateus Fiorentini.

Ele destaca que este último período foi muito intenso para o movimento estudantil da região e, por isso, a prioridade será para o próximo período é fortalecer a unidade dos movimentos sociais. “A luta por transformações estruturais nas nossas sociedades são necessárias. É preciso sair da zona de conforto e caminhar rumo a uma sociedade de outro tipo, mais justa, solidária, soberana, democrática e desenvolvida. Isso tudo vai exigir muita maturidade política e muito trabalho”, ressaltou.

Fonte: UNE