Delegações de Cuba e EUA debatem sobre acordos migratórios

No dia 9 de julho, em Washington, capital norte-americana, aconteceu uma nova rodada de conversações migratórias entre delegações dos EUA e Cuba, presididas, respectivamente, pelo sub-secretário assistente do Birô para os Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, Edward Alex Lee, e a diretora geral para os assuntos dos Estados Unidos do Ministério das Relações Exteriores, Josefina Vidal Ferreiro.

A reunião teve lugar num clima respeitoso. Foi avaliada a marcha dos acordos migratórios, bem como o resultado das ações empreendidas por cada uma das partes e de forma conjunta para enfrentar a emigração ilegal, o contrabando de pessoas e a fraude com documentos migratórios, incluindo a realização de encontros técnicos e intercâmbios, com a participação das entidades responsáveis por esta atividade nos dois países.

A parte cubana ofereceu uma atualização sobre os resultados da implementação dos novos procedimentos migratórios cubanos postos em andamento desde janeiro de 2013.

A delegação de Cuba expressou satisfação porque os dois governos acordaram, no início do mês de julho, iniciar os procedimentos técnicos operacionais sobre busca e salvamento, que permitirão às autoridades dos dois países cooperar nos esforços para salvar a vida de pessoas que pudessem estar em perigo.

Mais uma vez, a delegação de Cuba insistiu que o tráfico de emigrantes e a emigração ilegal não poderão acabar nem se poderá conseguir uma emigração legal, segura e ordenada entre os dois países, enquanto continuem vigentes a política de “pés secos-pés molhados” e a lei de Ajuste Cubano, que além disso, promovem as entradas irregulares aos EUA desde terceiros países, de cidadãos cubanos que saem legalmente do país. Salientou, em particular, que estas práticas são incongruentes com as medidas adotadas por Cuba para normalizar o fluxo migratório e facilitar as viagens de cidadãos cubanos e com o interesse de ambos os governos de incrementar a efetividade das operações para prevenir e enfrentar a emigração ilegal e o contrabando de emigrantes.

A parte cubana destacou sua preocupação pelas sérias afetações provocadas aos serviços consulares da Repartição de Interesses de Cuba em Washington a cidadãos cubanos, norte-americanos e estrangeiros residentes nos EUA, devido à interrupção dos serviços bancários, como resultado da política de bloqueio e a infundada inclusão do nosso país na lista de “Estados patrocinadores do terrorismo internacional”.

A delegação de Cuba reiterou sua disposição de manter estes intercâmbios no futuro, pela sua importância para os dois países.

Fonte: Granma