Sem acordo, frentistas continuam em greve na Bahia

A assembleia realizada pelo Sinposba, na tarde de sexta-feira (11), na sede da CTB Bahia, rejeitou por unanimidade a proposta patronal de reajuste salarial de 6,6%, inflação e menos de 1% de aumento real, estendido à ajuda alimentação e reafirmou o estado de greve, cumprindo todos os trâmites legais. 

Assembleia do sindicato dos frentistas da Bahia - Reprodução

“Não temos nada a perder; não é justo receber um salário beirando o Salário Mínimo, vamos à luta, construir a greve e se for ao caso vamos até o dissídio, porque o Sindicato não aceita esta proposta indecente e nem vai assinar nenhum acordo que não seja para melhorar a vida de todos nós”, afirmou Antonio José, presidente do Sinposba.

Todos os oradores repudiaram o descaso patronal em não querer discutir a pauta de reivindicações, que contém além do reajuste salarial, direitos sociais como o plano de saúde, rever injustiças e desrespeito como o desconto dos assaltos sofridos nos salários e o pagamento decente dos domingos trabalhados.

A assembleia contou com a presença de Rosa de Souza, vice-presidenta licenciada da CTB, dos diretores do Sindicato, que exaltaram a necessidade de união e luta, e o momento histórico da categoria que vem participando de todas as mobilizações realizadas em cada local de trabalho, e do advogado do Sinposba, Carlos Lyra, que explicou detalhadamente a Lei de Greve e o respeito aos prazos para que todo o processo seja legal e reconhecido pelo Tribunal Regional do Trabalho, bem como reafirmou que o Jurídico da entidade estará a postos para combater qualquer tentativa de represália à luta da categoria.

Representatividade

A presença de trabalhadores em postos de combustíveis representando todas as redes de Salvador, fez da assembleia a mais representativa dos últimos anos. Os depoimentos emocionantes dos trabalhadores demonstraram suas indignações diante das humilhações, injustiças e desrespeito como o desconto dos assaltos sofridos nos salários e o valor do pagamento dos domingos trabalhados, bem como a negativa do patronato em aceitar a proposta do Ministério Público do Trabalho – MPT de reajuste salarial de 9% e na ajuda alimentação, além da implantação do plano de saúde.

Fonte: CTB