Angola realiza ato de solidariedade ao "Dia da Rebeldia Cubana"

Com um destacado espírito fraterno, angolanos e cubanos uniram-se neste domingo (27) em abraços, para comemorar os 61 anos dos ataques aos quartéis de Moncada e Carlos Manuel de Céspedes, no dia 26 de julho de 1953.

Entrada de Fidel em Havana em 1959

"Agradecemos de coração a Cuba por seu apoio internacionalista para que atualmente nosso país seja um Estado soberano", disse Jesuino da Silva, segundo secretário provincial do governista partido Movimento Popular da Libertação de Angola (MPLA), durante o ato político-cultural que marcou a data. Na nova capital de Kilamba, diante de representantes diplomáticos de Cuba, Venezuela, a República Centro-africana, Namíbia, Congo, cubanos residentes e colaboradores, assim como habitantes locais, Silva destacou a ajuda que a ilha continua prestando em diversos setores, principalmente na educação e na saúde.

Na bela esplanada de Kilamba, o conselheiro político da embaixada de Cuba em Angola, Héctor Ramírez, disse estar orgulhoso com esta "festa pátria na querida terra angolana, rodeado de tantos irmãos unidos por um passado de lutas, um presente de constantes desafios e um futuro promissor e de esperanças para ambos os povos".

Sob palavras-de-ordem solidárias e as tremulantes bandeiras de Cuba, Angola e do MPLA, ele afirmou que as ações de 1953 representa um evento transcendental na história da ilha e mostraram o compromisso inquestionável da gloriosa Geração do Centenário, com os princípios éticos e revolucionários de José Martí.

Estes princípios, acrescentou, conformaram a essência da revolução vitoriosa de janeiro de 1959 e impulsionaram "toda uma epopeia de internacionalismo que unificou para sempre a história de Cuba com a de outros povos, incluindo os africanos".

Ramírez destacou que no presente de constantes desafios, Cuba se esforça para contribuir e ajudar com o desenvolvimento econômico, com a melhora do bem-estar da população e com a preparação de técnicos e profissionais angolanos.

Ele detalhou que mais de quatro mil cubanos prestam colaboração em Angola, desses, mais de 1.800 no setor da saúde, cerca de 1.600 em educação e o restante em setores importantes.

Desde 1976 até hoje, mais de 31 mil angolanos estudaram e se graduaram na ilha, em diferentes carreiras e níveis de ensino, detalhou o diplomata.

Recordou que "ainda falta muito a ser feito e que estão abertas novas oportunidades para fortalecer a cooperação e amizade como demonstrou a recente visita a Cuba do presidente José Eduardo dos Santos".

Durante a emotiva comemoração se apresentaram vários grupos de dança angolanos, e o conjunto cubano Caribe Son.

Fonte: Prensa Latina