OMS alerta para o risco de uma catástrofe de saúde em Gaza

A morte de crianças e a destruição das cidades palestinas não são as únicas consequências das investidas militares praticadas pelo governo de Israel contra os palestinos. Além das perdas das vidas ocorridas diretamente durante os ataques, os bombardeios geram muitos problemas na área de saúde na região.

Faixa de Gaza - Reuters

O representante da OMS (Organização Mundial da Saúde) para o Oriente Médio, Ala Alwan, afirmou nesta segunda-feira (11) que a Faixa de Gaza precisa de uma intervenção internacional imediata. Segundo ele, este tipo de medida se faz necessária para salvar a população local de uma iminente catástrofe na área da saúde.

Em uma reunião com o ministro da Saúde palestino, Javad Awad, em Ramallah, na Cisjordânia, Alwan disse que a situação de saúde dos palestinos de Gaza encontra-se em um estado crítico devido ao corte de energia elétrica, a falta de água e a destruição de milhares de casas, hospitais e abrigos.

"Atualmente, a Faixa de Gaza exige que os médicos cuidem de centenas de feridos nesse território sem as mínimas condições sanitárias, um problema que requer a intervenção imediata das organizações internacionais, das Nações Unidas (ONU) e dos países”, disse ele. “Existe uma grave deterioração da situação da saúde e do ambiente em Gaza”, em decorrência da agressão israelense e “da destruição de instalações médicas”.

Segundo o membro da OMS, a atual situação na região poderá levar ao surgimento de doenças que há muito tempo já estavam desaparecidas, graças às campanhas de vacinação junto à população palestina.

O bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza, desde 2007, soma-se as atrocidades praticadas pelo regime atualmente e deixam a situação da saúde no local em condições extremamente precárias, prejudicando, em especial, os quase dez mil palestinos feridos por conta dos bombardeios israelenses, muitos dos quais ficarão com sequelas físicas irreparáveis.

Os últimos dados apontam que os ataques de Tel Aviv contra os palestinos já deixaram 1.944 mortos, incluindo 470 crianças. Outro dado alarmante é a grande quantidade de pessoas que foram forçadas a deixar suas casas seja com medo da violência ou pelo fato de que a residência foi destruída por algum bombardeio aéreo israelense.

Tayguara Ribeiro, da redação do Vermelho,
com informações da HispanTV