Congresso de petroleiros aprova apoio a Dilma e elege nova diretoria
Com a participação de 300 delegados de todo o país, encerrou neste domingo (17) em Natal, Rio Grande do Norte, o 16º Congresso Nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que elegeu a nova diretoria da federação e aprovou o apoio à reeleição da presidenta Dilma Roussef à Presidência da República. O evento iniciou dia 14 de agosto.
Publicado 18/08/2014 10:53

Com uma chapa unitária que reúne militantes da Articulação Petroleira, CSD, CTB e independentes, o coordenador do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, foi eleito o novo coordenador-geral da FUP.
Combate aos acidentes
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Zé Maria Rangel foi eleito coordenador-geral |
A garantia de condições seguras de trabalho foi o foco dos debates e ganhou força diante do acidente no sábado (16), do operador da Refinaria de Manaus (Reman), Antônio Rafael Santana, de apenas 24 anos, que foi vítima de uma explosão na HDT (unidade de hidrotratamento), que resultou em queimaduras em 75% do seu corpo. De acordo com a federação, assim como outras unidades do Sistema Petrobrás, a Reman tem um histórico de acidentes graves envolvendo trabalhadores.
Em dezembro de 2013, uma explosão feriu três operadores e, em setembro de 2010, a técnica de operação, Renata Benigno, foi vítima de um grave acidente na refinaria e morreu após 10 dias de internação.
Moção de apoio ao povo palestino
O Congresso aprovou ainda uma moção de repúdio à “agressão sionista promovida pelo governo de Israel e de solidariedade à luta do povo palestino por um Estado livre e soberano”. Os delegados também aprovaram a realização de uma plenária estatuinte da FUP em 2015 para deliberar sobre a criação das Secretarias da Mulher Petroleira e de Aposentados e Pensionistas.
Os congressistas decidiram pela implantação de um sistema de cotas que garanta a representatividade de mulheres petroleiras nas delegações para plenárias e congressos da FUP, bem como na composição da próxima diretoria da Federação, que será eleita em 2017, obedecendo a proporcionalidade entre homens e mulheres no Sistema Petrobrás.
Reivindicações
Sobre a campanha salarial da categoria, os petroleiros aprovaram pauta que de reivindica reajuste com ganho real de 5,5%; construção de um anteprojeto de lei para regulamentação das atividades e regime de trabalho no setor petróleo (reformulação da Lei 5811 de 1972); intensificação da luta contra a precarização provocada pela terceirização, com a FUP assumindo o protagonismo nas esferas legislativa e judiciária; recomposição dos efetivos próprios do Sistema Petrobrás; garantia de condições seguras de trabalho em todo o setor petróleo.
Fonte: Federação Única dos Petroleiros