Maduro visita Fidel Castro e é elogiado por ação humanitária em Gaza

"Felicitei (Nicolás) Maduro por sua extraordinária solidariedade com o heroico povo da Faixa de Gaza", afirmou o lídere cubano Fidel Castro, que recebeu na terça-feira (19) a visita do presidente da Venezuela, a quem elogiou por seu envolvimento na crise de Gaza com o envio de ajuda humanitária.

Nicolás Maduro e Fidel Castro - CubaDebate

Fidel Castro chamou o ataque à Faixa de Gaza de "genocídio ianque-israelita" que, segundo ele, deixou 1,8 milhão de palestinos "encurralados entre o deserto, o mar e o poderio militar" de Israel.

"Quando começaram a chegar notícias do genocídio, (Maduro) ordenou o preparo de um avião militar de carga, de fabricação americana, que só com grandes dificuldades pode superar o bloqueio de peças por seus fabricantes e enviá-lo com equipes, remédios e alimentos essenciais para o Egito com destino a Gaza", comanta a declaração do ex-presidente de Cuba, lida nesta quarta-feira (20) em um programa da televisão estatal.

Leia também:
Ajuda humanitária vinda da Venezuela é atacada por Israel em Gaza
Venezuela envia 12 toneladas de ajuda humanitária para Faixa de Gaza
Presidentes latino-americanos homenageiam aniversário de Fidel Castro

O governo venezuelano enviou um avião carregado com 12 toneladas de ajuda humanitária. A carga do avião Hércules C130 da Aviação Militar Venezuela, que saiu do país na terça-feira (12) era formada por medicamentos, alimentos não perecíveis, roupas, entre outros artigos.

Fidel afirmou que a conduta de Maduro, dos militares e dos especialistas venezuelanos é "meritória" e "exemplar" diante da tragédia do "povo irmão da Palestina".

"Os fatos são visíveis: foguetes com alvos programados, bombardeios velozes e precisos, artilharia blindada, tanques modernos e ataques em edifícios repletos de pessoas", indicou.
Castro se referiu a Israel como uma potência "militar e nuclear sofisticada e irresponsável" que "foi criada pelo império mais poderoso que já existiu (os EUA) durante mais de meio século e a um custo próximo dos US$ 100 bilhões".

O comandante lamentou que o conflito esteja dando lugar a "cenas horríveis" que os cidadãos veem através da televisão. "O caos está evidente na política mundial. Por isso me foi tão útil o encontro com o presidente venezuelano. Mas achei que guardar silêncio não beneficiaria ninguém e com a maior sinceridade o felicitei pelo que estava fazendo pelo povo mártir da faixa", ressaltou.

Mais de dois mil palestinos, a maioria civis, morreram desde o início do atual conflito no início de julho, que também tirou a vida de 64 soldados israelenses.

Nesta quarta-feira (20), a delegação que levava ajuda humanitária enviada pela Venezuela à Faixa de Gaza foi atacada por drones e por uma bomba (que não chegou a explodir), próximo à fronteira de Rafah, no Egito. O artefato caiu a 20 metros do local onde a comissão se encontrava. Pouco tempo depois, a imprensa internacional noticiou a queda de um míssil israelense contra a sede principal do Crescente Vermelho em Gaza.

Amizade

"Em sua passagem por Cuba aproveitou para fazer contato comigo e me cumprimentar, como tinha prometido em 13 de agosto, quando tive o privilégio de completar 88 anos", explicou.
Pelo aniversário do comandante, Maduro o presenteou com "algumas frutas e um uniforme esportivo como os que usam os atletas venezuelanos".

A última visita conhecida de Maduro a Cuba aconteceu no final de janeiro, na Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).

Da redação do Portal Vermelho,
Com informações de agências e do CubaDebate