Renato Rabelo se reúne com a comissão diretora da UJS

O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, se reuniu, no último domingo (31), com a comissão diretora da UJS para avaliar o quadro político atual, dentro de um cenário de eleições presidenciais onde o projeto democrático popular em curso, que se depender das pesquisas apresentadas pela mídia opositora, está ameaçado pela candidatura de Marina Silva (PSB).

Renato Rabelo com lideranças da UJS - UJS

A avaliação política apontou para as contradições da candidata Marina Silva, que nega todo o discurso sustentado por ela anteriormente para receber o maior apoio possível de investidores em sua campanha. Marina apresenta soluções neoliberais para o país: autonomia do Banco Central, superávit primário, redução de ministérios e de serviços públicos. Sua vitória representaria um gigantesco passo atrás na luta pela soberania do Brasil.

“Existe um realinhamento das forças conservadoras em torno de Marina, e isso fica claro quando a candidata faz questão de anunciar publicamente autonomia institucionalizada do Banco Central, coisa que nem FHC e nem Serra defendiam, esse é o plano máximo da banca no Brasil e no mundo, assim afundaram os Estados Unidos e a Europa”, aponta o presidente da UJS, Renan Alencar.

Com um falso rótulo de “nova política”, tentando também capitalizar para si os descontentes e, ainda politicamente indefinidos manifestantes de junho retrasado, a candidata se apresenta como alternativa ante a polarização PT x PSDB, porém, assim como os tucanos, tem seu frágil programa voltado para o setor financeiro e para o capital estrangeiro.

A sua fraqueza diante de recentes imposições por parte de fundamentalistas religiosos reforçam os perigos e o retrocesso que o país estaria exposto com Marina no poder.

Postos os apontamentos da reunião apresentados acima, os seguintes encaminhamentos foram tirados do encontro entre Rabelo e a direção da UJS:

É preciso levar a campanha a favor da reeleição de Dilma Rousseff para as ruas e, sobretudo, para as escolas e universidades;

Organizar dias nacionais de mobilizações nas semanas que restam até a eleição, e disputar, dessa forma, o voto da juventude. Atribuir bandeiras de lutas específicas para as ações que serão levadas a cabo até as eleições, começando pela reforma política;

Participar da coleta de assinaturas da coalizão da reforma política e do plebiscito por uma constituinte exclusiva da reforma política, reforçando o fato de que Dilma é a única candidata que defende essas bandeiras;

E no dia 22 de setembro, quando a UJS celebra 30 anos, desenvolver diversas intervenções urbanas em apoio a Dilma (atos políticos, passeatas, panfletagens, etc.);

Para o presidente, Renan Alencar, “a reunião foi importante para reafirmar a importância da presidenta Dilma e a conquista de um novo ciclo de mudanças no Brasil, não temos dúvida de que o projeto mais avançado nessas eleições de 2014 está expresso na candidatura da atual presidenta”.

Por Thiago Cassis, do portal da UJS