Vítimas do conflito colombiano prestam depoimentos em Cuba

Os depoimentos do segundo grupo de vítimas do conflito interno colombiano serão ouvidos nesta quarta-feira (10), no contexto do processo de paz que é levado adiante na capital cubana, Havana, pelo governo do presidente Juan Manuel Santos e as guerrilhas Farc-EP (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo).

Vítimas do conflito colombiano nos Diálogos de Paz - Efe

Gloria Gómez, Gabriel Bisbicus, María choles, Teresita Gaviria, Reynel Barbosa, Esaúd lemus, Esperanza Uribe, Marleny Orjuela, Consuelo González, Marisol Garzón, Juanita Barragán e Yéssica Hoyos integram o grupo de 12 pessoas que chegou em Cuba nesta terça-feira (9) para contar suas experiências como vítimas do confronto.

Por sua parte, a delegação de paz das Farc-EP reiterou o convite aos afetados pelo conflito para participar de um debate respeitoso em busca de um acordo definitivo.

O chefe da delegação de paz das Farc-EP, Iván Márquez, afirmou que não têm sido poucas as dificuldades enfrentadas durante o processo dos diálogos de paz realizados em Cuba desde novembro de 2012 e centrado atualmente na questão das vítimas, que é o quarto ponto de discussão da agenda combinada.

“Não há nada de construtivo em ser indiferente ou ser inimigo da paz e perder esta possibilidade de diálogo que a história nos proporcionou, seria uma insensatez que nossos filhos e as gerações que estão por vir não perdoariam”, disse.

Diante de 28 ciclos de trabalho conjunto com o governo da Colômbia, as Farc-EP reiteraram que “a paz é um assunto da sociedade em seu conjunto e deve ser construída por todos os colombianos”.

Entretanto, o chefe da delegação do governo colombiano que participa em Havana dos diálogos de paz, Humberto De La Calle, assegurou que estão prontos para escutar as vítimas do confronto.
Afirmou ainda que o governo insiste em preservar os princípios do equilíbrio e pluralismo entre as vítimas presentes na mesa de diálogos instalada em Havana.

“Queremos ouvir de sua própria voz a forma que melhor vai nos conduzir a construir acordos capazes de responder às suas necessidades e de ressarci-las, queremos escutar também quem não estiver de acordo com este processo”, afirmou.

Fonte: Prensa Latina