Obama dá sinal verde para ataques aéreos ao EI na Síria

O presidente dos EUA, Barack Obama, deu sinal verde, nesta quarta-feira (10), durante um discurso na Casa Branca, televisionado, para ataques ao EI (Estado Islâmico) na Síria. O líder norte-americano também anunciou que vai expandir sua ofensiva militar contra o grupo terrorista no Iraque.

Barack Obama, nos jardins da Casa Branca

Obama disse ainda que os soldados do país não participarão dos combates, mas irão treinar militares iraquianos e sírios. Serão cerca de 475 norte-americanos enviados ao local. Além disso, os EUA pretendem fornecer armamento e realizar novos bombardeios utilizando drones (aviões não tripulados).

Nesse sentido, Obama pediu ao Congresso do país para conceder-lhe "autoridade e recursos adicionais para treinar e equipar" as forças destas duas nações.

O presidente, disse que seu governo vai atacar terroristas "onde quer que estejam" para apoiar os seus esforços de guerra e argumentou que o EI é uma ameaça para todos.

De acordo com ele, o seu governo vai liderar uma "grande coalizão", composta por países da região e os seus aliados europeus, com a intenção de "destruir" o EI; coalizão esta que, de acordo com os relatórios, inclui países patrocinadores do terrorismo na Síria, como a Arábia Saudita, entre outros.

O presidente estadunidense fez questão de enfatizar que esta operação será diferente das experiências ruins das guerras aventureiras e com falsos pretextos, promovidas pelos EUA no Iraque e no Afeganistão, já que, segundo ele, as operações não envolvem soldados americanos lutando em solo estrangeiro. Realidade difícil de acreditar diante do discurso belicista do líder e do histórico intervencionista do país.

Esta estratégia de contraterrorismo dos EUA surge na contramão das informações da Agência de Segurança Interna (NSA, na sigla em Inglês), expostas pelo ex-funcionário Edward Snowden, de que o EI foi criado a partir de um esforço conjunto entre os serviços de inteligência dos Estados Unidos, do regime de Israel e do Reino Unido, afim de, entre outras coisas, causar distúrbios na Síria.

Da redação do Vermelho,
com informações da Hispan TV