Ebola: perigo para a saúde mundial

Alguns infectados com o vírus mortal ebola recorrem ao mercado clandestino para comprar sangue de pacientes curados, acreditando que contém anticorpos capazes de vencer a doença, segundo noticia a CNN, citando representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Pessoas infectadas chegaram a essa conclusão devido ao fato de os pacientes recuperados terem recebido uma vacina experimental. No entanto, a OMS adverte que a hipótese não foi comprovada. 

De acordo com relatos anteriores, no dia 2 de setembro a empresa farmacêutica GlaxoSmithKline iniciou testes de uma vacina contra ebola na Inglaterra. Até o presente momento, a droga foi testada em 10 voluntários saudáveis. Espera-se que as conclusões finais sobre a possibilidade de usar a vacina em grandes proporções estejam disponíveis até o final do ano. Nos EUA também estão sendo realizados testes para o desenvolvimento de uma vacina contra a doença.

Vacina russa

Olga Golodets, vice-primeira-ministra da Rússia, sublinhou os passos positivos dados por especialistas russos na criação de uma vacina contra o ebola. Segundo ela, a doença não representa qualquer perigo para a Rússia.

“Não temos casos de ebola. Os nossos médicos trabalham com êxito no epicentro da doença, demos passos positivos na criação da vacina, hoje o ebola não constitui ameaça para a população russa, porque há vários níveis de defesa”, afirmou Golodets. Ela acrescentou que, atualmente, a vacina está na fase de aprovação.

O vírus ebola continua a difundir-se rapidamente no território da África Ocidental. Atualmente, casos de infeção foram já registados na Libéria, Serra Leoa, Guiné, Nigéria, República Democrática do Congo e Senegal. A mortalidade da febre é de 53%. Segundo dados ontem publicados pela Organização Mundial de Saúde, a epidemia já matou 2.622 pessoas. No total, adoeceram 5.335 pessoas.

O Conselho de Segurança da ONU definiu, nesta semana, que o ebola constitui-se em uma grande ameaça a paz internacional. O secretário-geral do órgão, Ban Ki-moon pediu que todas as nações contribuam com ajuda para que a doença seja contida antes de que tome proporções globais

O Serviço Federal de Fiscalização na Esfera de Proteção dos Direitos dos Consumidores da Rússia, Rospotrebnadzor, preparou o envio à Guiné de conjuntos de equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde e voluntários envolvidos na luta contra o vírus ebola.

"Para atender as necessidades dos médicos guineenses, serão transferidos equipamentos para proteção química, respiradores, luvas, protetores oculares", declarou o Rospotrebnadzor.
O departamento lembrou que, desde 22 agosto de 2014, na Guiné, encontra-se uma equipe especializada para prestar assistência humanitária na luta contra o vírus ebola. A referida brigada conta com especialistas de institutos de pesquisa do Rospotrebnadzor, incluindo epidemiologistas, virologistas, trabalhadores de laboratório. Em seu trabalho, eles usam sistemas de teste russo para o diagnóstico do vírus ebola, cuja eficácia foi confirmada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Tayguara Ribeiro, da redação do Vermelho,
com informações da Voz da Rússia