Para o Oscar, simplicidade e leveza com personalidade

O filme de Daniel Ribeiro é marcado pela simplicidade e leveza com que ele trata o tema homossexualidade sem perder a personalidade e a essência do assunto. O filme concorreu junto a outros 16 longas nacionais.

A academia norte-americana definirá em janeiro o nome do longa estrangeiro que concorrerá ao Oscar, marcado para fevereiro, em Los Angeles. No dia 7 de novembro, o filme brasileiro estreia nos Estados Unidos.

“Hoje eu quero voltar sozinho” conta a história de Leonardo, um adolescente cego que precisa lidar com suas limitações e a superproteção da mãe. A chegada de Gabriel, um novo colega da escola, desperta sentimentos até então desconhecidos pelo jovem. A obra trata de dois temas delicados de serem abordados no cinema sem cair no clichê.

Para a ministra Marta Suplicy, a temática escolhida pelo diretor é muito positiva para representar o país no Oscar. “É um filme universal no sentido de um sentimento de um adolescente surpreso por se descobrir sexualmente e tratado com uma leveza, que raramente se vê na questão da homossexualidade”, disse.

A produtora do filme, Diana Almeida, considerou positivo que a temática seja levada às telas internacionais. “Espero que o filme possa ser visto por muito mais gente. Acho que só esse anúncio hoje vai criar mais curiosidade em relação ao filme. Isso é muito positivo". 

Porém, concorrer nas telonas internacionais e muitas das vezes vencer, não é nenhuma novidade para “Hoje eu quero voltar sozinho” que foi bastante premiado em diversos festivais no exterior. A obra recebeu dois prêmios no Festival Internacional de Cinema de Berlim, um da crítica e outro do público.

No Festival de Guadalajara, no México, o filme também foi eleito o melhor longa-metragem pelo público. Entre outros festivais, a obra de Daniel Ribeiro também foi premiada no 54º Festival de Cartagena.