Salário mínimo do México é o menor do continente e viola os direitos

O México se converteu no único país latino-americano onde o salário mínimo não cresce, o que viola a Constituição, denuncia a secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Alicia Bárcena.

Subemprego é uma das características da pobreza no México

"Há uma porcentagem muito grande de mexicanos que não tem acesso a um salário mínimo digno e isto é para nós o que permite cobrir pelo menos as necessidades básicas da família. Isso está escrito na constituição do país", afirmou Alicia em declarações citadas por meios de comunicação locais.

A secretária executiva da Cepal apresentou na Cidade do México o terceiro relatório da instituição para a região chamado "Pactos para a igualdade: Rumo a um futuro sustentável", indicando que o Pacto pelo México "não foi pela igualdade: o México é o único pais da América Latina onde o salário mínimo não teve aumento, pelo contrário, perdeu seu poder de compra", disse.

"É preciso enquadrar o que é o emprego bem remunerado, com segurança social e direitos, porque isso é a chave contra a desigualdade", explicou. No México, o salário mínimo médio se situa em 67,29 pesos por dia (cerca de US$ 5).

Por seu lado, o reitor da Universidade Autônoma do México, a principal do país, José Narro Robles, pediu que sejam tomadas medidas concretas para combater a desigualdade. Nos últimos 14 anos o México destinou milhões de pesos para o combate à pobreza, mas não obteve resultados. "Temos de nos aprofundar no assunto, para ver o que fizemos de errado mas não para encontrar culpados, mas sim soluções".

Em geral, os especialistas destacam que o país reune todos os requisitos para converter-se em uma potência mundial, mas é incapaz de gerar desenvolvimento para seu mercado interno devido a uma série de fatores, tais como a falta de tecnologias e infraestruturas eficientes e abalizadas por todos os setores da economia nacional e o fato de que as autoridades acabaram se preocupando em realizar reformas no setor energético e no de comunicações, se omitindo no setor de educação, trabalhista e financeiro.

Fonte: Russia Today