Suécia reconhece oficialmente o Estado da Palestina
O governo da Suécia reconheceu, nesta quinta-feira (30), por decreto o Estado da Palestina. O anúncio foi feito pela chefe da diplomacia sueca, Margot Wallström. Esta é a primeira vez que um país da Europa Ocidental toma esta decisão.
Publicado 30/10/2014 11:04

O primeiro-ministro da Suécia, Stefan Loefven, anunciou, em sua primeira intervenção no Parlamento, no início de outubro, que o país seria o primeiro da União Europeia no lado ocidental a reconhecer o Estado palestino.
Israel, por sua vez, condenou o reconhecimento e acrescentou que a medida fortalecerá os extremistas muçulmanos. “É uma decisão lamentável, que reforçará os elementos extremistas e a política de recusa dos palestinos”, disse, num comunicado, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Avigdor Lieberman. A iniciativa sueca provocou grandes danos e não tem utilidade, acrescentou.
Enquanto os palestinos saudaram a iniciativa sueca, Israel convocou seu embaixador no país europeu para expressar sua desilusão e protestar. Israel insiste que os palestinos só podem ter status de Estado por meio de negociações diretas e não de outros canais diplomáticos.
Sete países-membros da União Europeia no Leste da Europa e no Mediterrâneo já reconheceram o Estado palestino – Bulgária, Chipre, República Checa, Hungria, Malta, Polônia e Romênia. A Islândia, que não pertence à União Europeia, foi o único país da Europa Ocidental que fez o reconhecimento.
Os palestinos, em especial os que vivem na Faixa de Gaza, ainda tentam reconstruir a região após os ataques engendrados por Israel nos meses de junho e julho deste ano. Na ocasião, mais de duas mil pessoas morreram, incluindo muitas mulheres e crianças. Escolas, hospitais e casas foram destruídos. Além disso, a região sofre também com o bloqueio israelense de vários anos, que impede o pleno desenvolvimento das atividades cotidianas dos palestinos.
com informações da Agência Brasil