Na Argentina, Alba comemora 10 anos de atuação

A Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) estimula atualmente laços de cooperação com base na solidariedade, no humanismo e na complementação, ressaltaram nesta quarta-feira (12), em Buenos Aires, cinco diplomatas das 10 nações que compõem o grupo.

Reunião da Alba

Os chefes das missões da Bolívia, Equador, Cuba, Nicarágua e Venezuela apresentaram em Buenos Aires o programa para comemorar o 10º aniversário da criação do mecanismo de integração, que procura o desenvolvimento humano e social dos povos que compõem a entidade.

Além desses cinco países, também integram o grupo os estados caribenhos de Antígua e Barbuda, Dominica, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Suriname. Tem como observadores Haiti, El Salvador, Honduras, Irán e Síria.

A criação da Alba, tratado de comércio com os povos, será comemorada na Argentina com um amplo programa, que inclui uma mostra de cinema, uma conferência na Chancelaria, presidida por seu atual secretário executivo, Bernardo Álvarez, e será liderada pelo vice-chanceler argentino, Eduardo Zuaín.

Os embaixadores e Álvarez também realizarão um encontro com deputados argentinos no Congresso do país e um intercâmbio com a imprensa.

Ao apresentar o programa na Embaixada de Cuba, seu chefe de missão, Orestes Pérez, ressaltou que a Alba está baseada nos princípios da solidariedade e do humanismo, assim como no fomento dos laços entre os povos para seu desenvolvimento social.

O embaixador venezuelano, Carlos Martínez, assinalou que a Alba nasce sobre a base de uma integração que vai mais além dos esquemas puramente comerciais e mercantilistas, a uma aliança entre os povos.

Não representa uma competição para os outros mecanismos de integração na região, mas brinda a possibilidade de complementá-los, disse. "Não é um instrumento regional economicista, mas também político e social".

Martínez explicou que a moeda sobre a qual estão realizando os programas de cooperação é o Sucre, que se constitui em um sistema de compensação monetária.

Gloria Vidal, a embaixadora do Equador, ressaltou por sua vez que a Alba fomenta o desenvolvimento e o crescimento com inclusão, sem exclusão não só entre os países que a compõem, mas também abre suas portas ao resto da região.

Sobre os desafios que a Alba enfrenta hoje, o embaixador boliciano, Liborio Flores, expressou que são a luta pela erradicação da pobreza e o avanço no desenvolvimento humano e social, com harmonia.

Flores asssinalou que o outro grande desafio é que, aos 10 anos de criação, a Alba precise redefinir seus objetivos e os planos de ação, de forma a aumentar a eficiência e a responsabilidade para dar respostas às necessidades históricas dos povos.

Fonte: Prensa Latina