PCdoB-RJ promove reunião ampliada com Renato Rabelo e aliados

Nesta sexta-feira (28) aconteceu a abertura da reunião do Comitê Estadual do PCdoB-RJ, ampliada aos amigos do Partido, com a presença do presidente nacional comunista, Renato Rabelo.

C.EC.

O ato foi realizado no auditório do SindiPetro-RJ e contou com a presença de dirigentes, militantes e aliados do PCdoB. Além do líder nacional, compuseram a mesa principal do evento, o presidente estadual do Partido, João Batista Lemos; a deputada federal reeleita Jandira Feghali; o presidente municipal do PCdoB da Capital, Waldemar de Souza; a presidenta da Conam, Bartíria Luz; o presidente da CTB-RJ, Ronaldo Leite; as presidentas da UBM-RJ e da Ubes, Sônia Latgè e Bárbara Melo; e o presidente da UJS-RJ, Daniel Iliescu.

O tema principal de discussão foi a "Conjuntura do Brasil pós reeleição de Dilma e os desafios do PCdoB". João Batista Lemos deu início aos trabalhos destacando a grande importância da vitória de Dilma Rousseff nestas eleições:

"A grande vitória de Dilma teve um sentido histórico. Foi muito importante para nós esta conquista, enfrentamos inimigos poderosos; as elites dominantes e forças externas tentaram interromper esse ciclo de mudanças iniciado por Lula em 2003. Mas nós conseguimos reeleger Dilma Rousseff, o que foi fundamental para o Brasil, para o povo brasileiro e para as forças progressistas e revolucionárias do país e da América Latina", disse o presidente do PCdoB-RJ.

Em seguida, o líder nacional dos comunistas brasileiros, Renato Rabelo, iniciou sua exposição, destacando que:

"Dilma é a primeira mulher que se reelege no Brasil, esta vitória tem realmente sentido histórico. Mas precisamos ter ciência de que vivemos um momento crucial de nossa história política, é um momento de grande investida da oposição, essa oposição se sentiu fortalecida, estamos dizendo que a derrota da oposição subiu a cabeça dela; a oposição pensa que está em um terceiro turno. Estão tentando criar todo tipo empecilho ao governo, tentando impedir que a presidenta Dilma governe. Outro aspecto do momento é que estamos vivendo a realidade de preparação do segundo governo, e nesta preparação nós, nossa base política, precisa estar muito unida, senão será difícil atingir êxito neste novo governo. A unidade de todas as forças progressistas que apoiaram Dilma é fundamental para este êxito. Precisamos construir uma nova ordem política mais participativa".

Renato ainda salientou que é necessário responder com firmeza às ações das forças conservadoras:

"Precisamos criar as condições para uma contraofensiva, precisamos responder a essa ofensiva da oposição, e para isto precisamos passar por duas respostas imediatas: no terreno político, a presidenta tem que recompor sua base de apoio. E na área econômica é preciso levar em conta a retomada do crescimento do país, crescimento com inclusão social, distribuindo renda e gerando mais empregos, pois só o desenvolvimento não distribui renda".

O presidente do PCdoB continuou, afirmando que:

"Estes pontos são fundamentais para que possamos abrir caminhos para o segundo mandato, e é necessário confiança mútua entre nós e a presidenta Dilma. E também é fundamental, da parte da presidenta, um diálogo bastante amplo para que ela concretize as Reformas Estruturais, principalmente a Reforma Política e Reforma dos Meios de Comunicação".

Na sequência, a deputada federal comunista, Jandira Feghali, fez uso da palavra e destacou que:

"A preocupação da oposição é simbolizar uma derrota do governo. O ódio que se manifestou nas ruas durante as eleições também está se manifestando no parlamento. E a disputa pela presidência da Câmara é fundamental, sobretudo neste momento. Nosso esforço é para derrotar a qualquer custo Eduardo Cunha, impedindo que ele seja eleito (…) Nosso maior desafio é sustentar o nosso campo e, ao mesmo tempo, estar sintonizado com a massa trabalhadora e com os setores mais progressistas da sociedade".

É importante lembrar que o Comitê Estadual comunista estará reunido amanhã para aprofundar o debate, mas esta etapa será restrita aos dirigentes estaduais do PCdoB.

Do Rio de Janeiro,
Bruno Ferrari